O nosso focalizado de hoje é Zezinho Santos que é formado em Arquitetura e em Administração de Empresas, ambas pela UFPE. Além disso, tem formação em língua inglesa pela Bell School of Languages, em Cambridge, Inglaterra, e extensão em Administração em Yale, Connecticut, Estados Unidos. Atualmente, ao lado do sócio Turíbio Santos, está à frente da equipe de 32 pessoas que forma o Santos & Santos Escritório de Arquitetura.
Zezinho Santos durante viagem pelo Egito (Foto: Cortesia)
Nas pranchetas do escritório, um mix que se divide igualmente entre projetos residenciais e comerciais. A equipe trabalha tanto com arquitetura quanto com interiores, e está sempre dedicada à criação de boa arquitetura – a que exprime a época e o local em que é realizada, atende às necessidades funcionais para a qual foi concebida, e, acima de tudo, encaixa-se no que se percebe como esteticamente agradável. Zezinho, além disso, escreve ocasionalmente, quando a agenda permite, crônicas e artigos para revistas e jornais locais.
Qual a maior invenção do homem – O Estado democrático e laico. Passados mais que 200 anos, liberté, égalité, fraternité ─ ainda, sempre e mais do que nunca.
Qual a pior invenção do homem – Toda e qualquer religião organizada e institucionalizada, as três grandes monoteístas principalmente. Na trajetória da humanidade, já se perseguiu, odiou-se, condenou-se e já se matou ─ em nome das acepções que essas religiões fazem de Deus ─ mais do que em nome de qualquer outra coisa.
Um projeto arquitetônico inesquecível – O Saint Martin’s Lane
Um arquiteto que a história guardou – Christopher Wren
Um arquiteto que a história vai guardar – Norman Foster
Quem gostaria que pintasse seu retrato – E alguém se interessaria?
Qual foi o projeto (não foi seu) que gostaria de ter assinado – Qualquer um de Marcio Kogan
Com quem gostaria de se esbarrar no seu escritório – Mick Jagger
Um momento de saudade – Uma saudade enorme de 2092… O que devia ser visto ou feito até 2009, já foi visto e feito. Agora 2092 dá uma saudade…
Perfume – não uso
Jeans – Já quase não uso, mas, se é para usar, Seven, preto ou cinza
Tênis – Nike
Um filme inesquecível – Aqui a coisa deveria ser dividida em duas categorias, como no Globo de Ouro: Comédia | Musical e Drama. Em Comédia | Musical, Victor Victoria, de Blake Edwards. Em Drama, Maurice, de James Ivory.
Um ator – Peter Sellers
Uma atriz – Lauren Bacall
Hino musical – Balada do Louco
Um cantor – Aliás, cantor e compositor, já que os prefiro aos intérpretes: David Bowie
Uma cantora – Da mesma forma, pelas composições e interpretações: Rita Lee
Sonho de consumo – Um Marlboro inócuo à saúde. Um não, o pacote inteiro
Quem gostaria de levar para uma ilha deserta – Turíbio
Quem deixaria por lá para sempre – Joseph Ratzinger
A palavra mais bonita na arquitetura – Dinheiro. Apesar daquela coisa de ‘a criatividade do arquiteto está em fazer muito com poucos recursos’, isso tem limites. Pode-se até fazer algo bom, mas algo excepcional custa, e sempre custará, caro.
E a mais feia – Pastiche
Restaurante que gosta de ir – O É. Gostaria de ir mais ao Leite, mas como não tenho o hábito de almoçar ─ almoço qualquer coisa em minha mesa mesmo, no escritório ─, e como o Leite não abre à noite, nós quase nunca nos encontramos
Comida preferida – Risoto
Comida que detesta – De forma geral, as que terminam em ‘ada’: rabada, feijoada, quiabada … espera aí que vou dar uma vomitada
O que não pode faltar na sua geladeira – Gás
Livro de cabeceira – Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
Quem gostaria que escrevesse sua biografia – Ih, rapaz… Henrique Bartsch, vá lá … coitado, escreveria um livro que ninguém leria ou, se lesse, logo esqueceria…
A cidade dos seus sonhos – Londres. Não há segunda, nem terceira, nem quarta.
Um (a) poeta – A atual e brasileiro? Não um poeta no sentido estrito, mas ainda assim um ourives da palavra: Arnaldo Antunes
O destino de sua cidade que recomendaria a um turista – O céu do Recife: do jeito que as coisas andam violentas, mal-cuidadas e mal-educadas, é melhor olhar para cima… e ter cuidado para não te levarem nada