Há um ano falecia no Recife um dos ícones do nosso carnaval. Estamos nos referindo ao Passista José. Era um sinônimo dos blocos líricos. Seus movimentos lembravam um bailarino. Gostava de admirá-lo mas nunca cheguei perto dele para uma conversa. O Passista José sempre estava evoluindo no carnaval do Marco Zero e do Pátio de São Pedro, para citar apenas estes dos pólos. Quanta saudade você está fazendo Passista José. E você sabe ninguém ainda o substituiu. Caso o Passista José fosse baiano seria homenageado no próximo carnaval.
Passista José quantas saudade do seu frevo no pé (Foto: Cortesia)
Ele nasceu no dia 8 de julho de 1948 como José Bandeira, mas entrou na história como Passista José. Sobre ele escreveu o carnavalesco Gilson Silva: “Falo de um grande Zé, / Um passista inveterado, / Um nordestino arretado, / Um Zé com Z maiúsculo / Sem forças nos seus músculos / Para o mal de um embaraço / Onde o ruim não tem espaço, / No seu peito de talento. / Viva o artista movimento.” E para concluir cantarei a composição de Aldemar Paiva: “Saudade… é isso que a gente sente / Saudade … é falta que faz a gente / Alguém que partiu / Alguém que morreu / Alguém que o coração não esqueceu.”