A pílula anticoncepcional é um dos métodos mais utilizados no mundo para a prevenção da gravidez indesejada e para o tratamento de problemas hormonais da mulher. Marco da autonomia reprodutiva feminina, o medicamento possui uma série de efeitos colaterais leves e graves. Visando mostrar os danos causados no organismo de mulheres em idade reprodutiva, as egressas de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília Ana Beatriz Souza e Maynara Silva desenvolveram uma pesquisa científica para apontar os fatores que podem desencadear a trombose, condição que pode ser fatal.
O anticoncepcional oral apresenta uma alta carga hormonal em sua composição farmacológica, o que pode levar à ocorrência de diversos efeitos adversos, tais como: dores de cabeça, aumento do fluxo menstrual, diminuição da libido, podendo inclusive acarretar riscos, devido ao uso prolongado, tais como a trombose venosa e o acidente vascular cerebral. A trombose é um efeito adverso muito presente em pacientes que utilizam a pílula, devido às alterações na cascata de coagulação, que intensificam o risco de promover a formação de um trombo.
De acordo com pesquisa realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam pílulas anticoncepcionais têm risco de quatro a seis vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso do que mulheres que não usam contraceptivos orais. Nesse sentido, o que poucas mulheres sabem é que o uso indiscriminado de anticoncepcional traz riscos graves, que podem até levar a óbito. A maioria compra diretamente as pílulas sem conhecer outros métodos contraceptivos.