Quem vem ao Carnaval de Pernambuco tem a impressão de que está no da Bahia. O Governo do Estado e as prefeituras, principalmente a do Recife, estão fazendo o maior marketing para os festejos de Momo baiano. Não sou contra a manifestação carnavalesca da Bahia, por sinal adoro, mas para curtir axé eu prefiro ir até lá. Eduardo Campos vai gastar R$ 16 milhões em 17 pólos para divulgar o axé. Quem tem uma riqueza cultural como a nossa e ter que importar cantores de outros centros é um crime que somente com o tempo o pernambucano vai sentir.
Cadê as cabeças pensantes do Estado que não descobre uma maneira de retomada do frevo, do maracatu, caboclinhos, etc? Os blocos líricos estão lutando para permanecerem vivo e é sem dúvida o maior momento do nosso carnaval. Muitos reclamam de ouvir os mesmos frevos e quem agüenta ouvir os cantores forasteiros que embolsam nosso dinheiro e depois vão gastar pelas ruas de Salvador e do Rio de Janeiro? No futuro os jovens não vão saber que o Recife foi o maior carnaval do mundo com o frevo de rua, frevo de bloco ou frevo-canção. É uma vergonha. Como sempre afirma o jornalista Boris Casoy.