Fernando Machado

Pelé, o do jornal, já não está entre nós

Mais uma vez estamos de luto. Morreu, ontem, uma das figuras mais educadas e de um sorriso fácil que conheci. Estamos no referindo ao ex-diagramador do Jornal do Commercio, Pelé, que nasceu Manoel Inácio da Silva, no dia 24 de março de 1945. Rivaldo Neto escreveu: “Um “craque” que fez o apelido que carregava ser mais que justo. Educado, sensível e de um papo sempre enriquecedor!”

Pelé do Jornal (Foto: Acervo da Familia)

Sobre um episódio marcante na vida de Pelé, comenta José Neves Cabral: “Na redação, mas logo na entrada da sala havia um birô vazio, que ninguém ousava ocupar até ser removido da sala. Era o birô de Pelé, que deixou de sentar naquele lugar porque participou da greve de 1990 e perdeu o cargo de chefia, que conquistou com trabalho e talento, galgando cada posto no jornal, onde iniciou como ascensorista na década de 1960”.

O diagramador Pelé (Foto: Ciro Rocha)

Pincei da crônica de Lenivaldo Aragão deste réquiem que escrevemos. Sobre Pelé do jornal escreveu: “Manoel Inácio, ainda adolescente foi apelidado como Pelé pelo jornalista Wladimir Calheiros, repórter e mais tarde chefe de Redação do JC. Pouquíssimos colegas sabiam seu nome. Durante muito tempo, até recolher régua, lápis, borracha etc, Pelé foi encarregado do fechamento das páginas esportivas do JC. Nessa condição, eu convivia diretamente com ele, todos os dias. Ainda viveu a nova fase do jornal, quando as velhas máquinas datilográficas e as gigantescas linotipos deram lugar aos computadores.”

Natércia Almeida e Pelé (Foto: Face)

Pelé ou Manoel Inácio da Silva foi corajoso e enfrentou a modernidade, passando a diagramar na tela. Era casado com Natércia Almeida, pai de Adriana (mora na Suíça), Alexandre e André; avô de Gabriel, Nicole e Pierre. O sepultamento de Pelé será, hoje, às 16h, no Cemitério Parque das Flores.

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