Claudio Manoel, Tereza Costa Rego e Bruno Albertim (Foto: Fernando Machado)
O Centro Cultural dos Correios, no Recife Antigo, recebe a exposição Diário das Frutas da artista plástica Tereza Costa Rego e do jornalista Bruno Albertim by CK. Pois bem, ontem à noite, tivemos o vernissage que foi das mais concorridas e prestigiadas. A gente passeia nas pinceladas de Tereza, em grande noite num caftã verde francês e jóias de crisólitas, tendo como fundo musical a literatura de Bruno by Calvin Klein.
Célia Labanca e Augusto Rodrigues (Foto: Fernando Machado)
Eles nos levam a caminhar num pomar onde estão manga, jaca, mangaba, sapoti, bacuri, jambo, caju, pitanga, carambola, cajá, pera e maçã. O Diário das Frutas nos debruça diante obras onde surgem mulheres nuas, com destaque para aquela que mostra uma Eva arrependida e muitas outras que nos remetem aos 11 itens citados.
Suzana Azevedo entre os netos Bruno e Arthur Coelho (Foto: Fernando Machado)
Do segundo para o terceiro espaço agente atravessa debaixo de um verdadeiro pomar, com árvores salpicadas de frutas. Todavia é último onde estão 9 telas, chamado Sala da Maçã, que a gente se deslumbra com o cenário. Na área central repousa uma obra com maçãs brancas, que na verdade são velas, com direito ao cheiro da fruta. A iluminação criada por Sephora Silva está colossal.
A escritora Inah Lins (Foto: Fernando Machado)
Temos no primeiro e no último espaço radíolas de ficha que a gente pode ouvir as vozes das crônicas via Ana Nogueira, Bruno Albertim, Emilio Santiago, Fábio Trummer, Sephora Silva, Hanna Godoy, Leandra Leal, Márcio Cruz, Matheus Nachtergale, Xico Sá e Zé Cafofinho. A expografia prioriza supostamente e vivencia o tema da mostra.
Marcelo Pereira à côté Adriana Gusmão (Foto: Fernando Machado)
O bufê de Claudio Manoel era de fazer inveja a Apicius. No cardápio sushi pernambucano, espetinhos de queijo e frutas, bruscheta de Parma, mini quiche de castanha de caju e de alho poró, sanduíche de ricota com tomate seco, enroladinho de berinjela com queijo e ervas finas, além de salada de frutas. Tudo regado a espumante Tamari, caipifrutas e sucos de frutas da época.
Eduardo Peixoto e Lúcia Moura (Foto: Fernando Machado)
O catálogo é um primor. Por exemplo, temos aquele trecho “a carambola é translúcida, verde acrílico suculentamente lúcida”, a “pitanga é mineral. Por uma pitanga, perdi um amor. O primeiro de tantos” e finalmente termino com essa: “Não tenho medo de ser expulsa do Paraíso. Serei bem recebida, sou verdadeira. Acho que sou a maçã”.
Léo Silva (Foto: Fernando Machado)