Em sete textos do Novo Testamento são mencionados os “irmãos” de Jesus (cf. Mc 6,3; Mc 3,31-35; Jo 2,12; Jo 7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1 Cor 9,5). Segundo Mc 6,3 eles chamavam-se Simão, Tiago, José e Judas. O episódio da peregrinação, aos doze anos, quando os pais não deixariam o lar por quinze dias com filhos pequenos (cf Lc 2,41-42) e o episódio da entrega da mãe a João aos pés da cruz, seriam incompreensiveis se Jesus tivesse outros irmãos em casa (cf Jo 19,26s).
O termo irmão supõe um contexto linguistico pobre de palavras: a palavra aramaica “irmão” podia indicar não somente os filhos dos mesmos pais, mas também os primos ou parentes mais distantes. Com efeito, Tiago e José, “irmãos de Jesus” (Mt 13,55), são filhos de outra Maria, discípula de Jesus (cf. Mt 28,1). Que eles sejam chamados de irmãos não é uma novidade do Novo Testamento; a expressão indicadora de um parentesco próximo já se encontra no Antigo Testamento (cf. Gn 13,8; 14,16;29,15).
A partir destes dados, a Igreja sempre entendeu que Maria não teve outros filhos. Jesus o Filho único de Maria, nela concebido pelo poder do Espírito Santo (cf. Mt 1,20).