O cozido completo tem origem judia. Este prato chamado de adafina (coisa quente) é o principal alimento do Shabbath, dia de louvor a Deus, que equivale ao repouso dominical dos cristãos. Nesse dia não se podia abater ou salgar animais, amassar farinha e acender fogo. O prato era então preparado na véspera com carnes, legumes, couve, ovos cozidos, grão-de-bico. Na Espanha era chamado olla podrida porque se cozinhava tanto e lentamente, já em Portugal também se chamava no passado de olha podrida.
Jarbinhas e o pai Jarbas Vasconcelos (Foto: Fernando Machado)
Ivan Mauricio, Edvaldo Moraes e Ricardo Carvalho (Foto: Fernando Machado)
Sheila Wanderley e Cecilia Ramos (Foto: Fernando Machado)
A receita, embora mantenha o mesmo processo, vai mudando, ao sabor dos ingredientes disponíveis em cada país. Em Pernambuco é servido completo com carnes, defumados, legumes e vegetais. Pois ontem, o senador Jarbas Vasconcelos, à côté os filhos Jarbinhas e Andrea, reuniu a imprensa para um cozido preparado por ele mesmo. O encontro dos mais descontraídos aconteceu na sua bonita residência de verão no Janga, em Olinda, que parece mais um museu de peças populares do mundo inteiro.
Aline Mariano e Andréa Vasconcelos (Foto: Fernando Machado)
Ciro Carlos Rocha, Gilvandro Filho, Francisco Benites e Gilvan Oliveira (Foto: Fernando Machado)
Ennio Benning, Cecilia Ramos, Josélia Maria, Sheila Borges e Manoel Neto (Foto: Fernando Machado)
Em fevereiro completará 25 anos que Jarbas transformou o espaço no seu Olimpo onde os deuses são peças artesanais. São cerca de mil peças cada uma mais bonita e original do que a outra. Adorei aquele quadro do artista plástico Paulo Neves assim como o de Ariano Suassuna. Até nos jardins repousam todo tipo de artesanato, aquele casal sentando num banco é uma delicia. Os jornalistas aproveitaram para se reencontrarem e papearem, tendo como fundo musical Rubens Mendes & Banda, que apresentou um set list elogiados por todos. E o mais importante o som não era alto, estava na medida.
Jarbas Vasconcelos dando os retoques finais no cozido (Foto: Sophia Lins)
Roberta Jungmann e Sophia Lins (Foto: Fernando Machado)
Gabrielle , Ennio e Ladjane Benning (Foto: Fernando Machado)
A blogueira de Petrolina, Josélia Maria além de documentar tudo com sua câmara deu uma de crooner e cantou a musica de Aldemário Coelho: “Na margem do São Francisco, nasceu a beleza / E a natureza ela conservou / Jesus abençoou com sua mão divina / Pra não morrer de saudade / Vou voltar pra Petrolina / Do outro lado do rio tem uma cidade / Que na minha mocidade eu visitava todo dia / Atravessava a ponte ai que alegria / Chegava em Juazeiro, Juazeiro da Bahia / Hoje eu me lembro que no tempo de criança / Esquisito era a carranca e o apito do trem / Mas achava lindo quando a ponte levantava / E o vapor passava num gostoso vai e vem / Petrolina, Juazeiro / Juazeiro, Petrolina / Todas duas eu acho uma coisa linda /
Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina”.
Gilvandro Filho, Bianca Negromonte e Josenildo Tenório (Foto: Fernando Machado)
Simone e Ronan Drummond (Foto: Fernando Machado)
Jota Michiles e a Rubens Mendes & Banda (Foto: Fernando Machado)
Como Jota Michilles estava por lá, deu uma palhinha interpretou sua composição “Vejo o Recife prateado / À luz da lua que surgiu / Há um poema aos namorados / No céu e nas águas dos rios / Um seresteiro, um violão / Anunciando o amanhecer / Um sino ao longe a badalar / Recife inteiro vai render / Ave Maria ao pé do altar / Bumba-meu-boi, Maracatu / Recife dos meus carnavais / Não vejo mais sinhá mocinha / Á luz de um lampião de gás / És primavera dos amores / Do horizonte és arrebol / Vai madrugada serena / Traz delirante poema / Recife manhã de sol” e arrancou muitos aplausos.
Jarbas Vasconcelos e Simone Drummond (Foto: Fernando Machado)
Sophia Lins e o casal de bonecos (Foto: Fernando Machado)
Wanessa Andrade, Beatriz Castro, Jarbas Vasconcelos e Meire Lanunce (Foto: Fernando Machado)
Houve um intervalo para se degustar o cozido preparado pelo senador, no estilo judeu, ou seja preparado um dia antes. Teve gente que optou macarronada e pernil. Jarbas digo sem medo de errar o cozido era de comer rezando para São Pedro Apóstolo. Em toda minha vida, asseguro que os três melhores cozidos que degustei foram o preparado por você, o preparado por Angelita Paiva e o preparado por Zezita Barbosa (viuva de Capiba). Para sobremesa tínhamos pudim, bolo de rolo, queijadinha e doce de leite. Sai de lá com aquele gostinho de quero mais.