Fernando Machado

HPV na Garganta

A infecção por HPV é uma das mais comuns entre as chamadas doenças sexualmente transmissíveis. E, embora seja mais frequente contrair o HPV genital, há também casos de HPV na garganta – o que muita gente desconhece. Por isso, sempre vale o alerta! A transmissão, neste caso, se dá por meio do sexo oral ou mesmo pelo contato entre bocas. O diagnóstico, por sua vez, assim como os tratamentos indicados, cabe ao médico otorrinolaringologista, que é o especialista mais indicado a lidar com o problema.

A principal característica dessa infecção é a presença de verrugas na garganta, na boca, na língua ou na mucosa da bochecha. A rouquidão progressiva é outro sintoma que pode se somar, caso haja acometimento das cordas vocais – que também pode ensejar câncer de laringe. Esta, aliás, é a maior preocupação que se tem em relação a esse vírus, quando presente nas vias aéreas. Por isso, a prevenção é sempre o melhor (e mais barato) remédio. Sintomas, obviamente, precisam ser investigados quando surgem.

O primeiro passo, no caso do HPV de garganta, é a realização de uma avaliação otorrinolaringológica geral, complementada com um exame de videofaringolaringoscopia para visualizar a região. Através desse procedimento, é possível identificar as lesões ocasionadas pelo chamado papilomavírus. Domingos Tsuji é médico otorrinolaringologista especialista em Saúde da Voz, docente associado da Faculdade de Medicina da USP e diretor fundador do Voice Center do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia.

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