O Bloco da Saudade , leia-se a presidente Isabel Bezerra, idealizado pelo compositor Edgard Moraes em seu frevo de bloco Valores do Passado foi às ruas pela primeira vez em 24 de fevereiro de 1974, domingo de carnaval, por iniciativa do músico Antônio José Madureira e do jornalista Marcelo Temporal Varella com as finalidades principais de resgatar o carnaval de Blocos e o carnaval de rua do Recife que, vivia, naquela época, dos bailes nos clubes sociais.
Integrantes do bloco da Saudade com o carnavalesco Carlos Ivan de Melo (Foto: Arquivo)
Basta ver o sucesso dos carnavais de rua no Recife com verdadeiras multidões se aglomerando no Recife Antigo onde antes nada acontecia. Sobreviver aos oito anos de depradação imposta pelo então prefeito João Paulo é sem duvida um grande mérito. O Bloco da Saudade participou dos primeiros Encontro de Blocos idealizado por Antonio José Madureira, e Gerson Victor Silva, atualmente, presidente do Bloco Nem Sempre Lily Toca Flauta.
Bloco da Saudade um ícone do nosso carnaval (Foto: Arquivo)
A Assembléia Legislativa de Pernambuco, aprovou por unanimidade, Projeto de Lei que foi sancionado pelo governador Eduardo Campos, concedendo o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco ao Bloco da Saudade. Os Acertos de Marcha do Bloco da Saudade, realizados no Náutico, antes foram na AABB, são os mais concorridos da cidade e o Baile do Bloco da Saudade, tem, sempre, lotação esgotada.
Marcelo Varela, Isabel Ferreira e Zoca Madureira (Foto: Arquivo)
O Bloco é motivo de diversas publicações, quando destacamos o livro Evoluções! Histórias de Bloco e de Saudade, autoria do jornalista e professor Amilcar Bezerra e do historiador e professor Lucas Victor. Nossos principais compositores já lançaram músicas enaltecendo o Bloco da Saudade. Assim, a entidade chega aos 40 anos somando sucesso e enfrentando os inimigos do frevo, que não são poucos.