Fernando Machado

A abertura do Carnaval do Recife

Apesar da competição desleal da chuva, que não parou de cair um só minuto no Recife a abertura do Carnaval do Recife levou o público ao delírio. O Marco Zero estava tomado de foliões para assistir ao espetáculo de Naná Vasconcelos regendo os 500 batuqueiros de vários maracatus. Foi lindo demais. É essa riqueza cultural do Estado não encontrada em parte do Brasil que faz o Recife o melhor Carnaval do mundo.

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Madalena Santos, diretora de educação do Bird e o vice-presidente Makhtar Diop (Fotos: Fernando Machado)

E ainda tem gente na Prefeitura do Recife que tentando tirar o seu brilho convidando estrangeiros para subir ao palco. Essa estória de Carnaval Cultural é um crime contra o nossa cultura. Aliás, muito bem disse o critico de música José Telles na Coluna Reporter JC: “Não tem mais Carnaval. Tem show de alguém em algum lugar. É um imenso Festival de Verão.”

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A consul dos Estados Unidos Usha Pitts e Michael Leitgeb

Depois do show de pernambucanidade dos Maracatus veio o Grupo Voz Nagô mostrando o nosso frevo rasgado, sem dúvida outro momento inesquecível. E a apresentação do Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério foi fora de série. Quando ela atacou de Vassourinhas não teve cristão que não balançasse o esqueleto. Eita maestro bom arretado. Ele dançou, saracutiou envolvendo o publico de uma maneira que somente quem é da fina flor de nossa cultura poderia fazer.

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O presidente da Câmara, vereador Jurandir Liberal e o secretário Eric Carrazzoni

Na seqüência entrou a banda de percussão de street dance, Stomp. Sua apresentação foi fascinante. O grupo é orignário da Grã-Bretanha e tudo começou com apenas duas pessoas, Luke Cresswell e Steve McNicholas, tocando pelas ruas de Brighton, no verão de 1991. Atualmente reúne artistas de várias partes do mundo com uma expressão corporal de arrepiar. Porém, não tem nada a ver com o tríduo momesco.

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Giovana e Frederico Nogueira da Band

Outro momento maravilhoso foi o show da cantora Angelique Kidjo, nascida em Benim e vencedora de um Grammy em 2008. Sem dúvida é uma estrela de muitas pontas. Angelique passeou pela música gospel, afro, reggae, soul e jazz. O vice presidente do Banco Mundial, Makhtar Diop, não se conteve e caiu no compasso do ritmo que contagiou o governador Eduardo Campos e a primeira dama, Renata. Tudo foi lindo, mas não era foco carnavalesco.

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Mônica Cunha, Fernando Nicácio com a esposa Teninha e a filhota Camila

Depois disso sai porque depois viria artistas que não se casavam com o espírito carnavalesco da terra do Frevo e do Maracatu. Nem pude aplaudir a apresentação do mítico Alceu Valença, que deve ter cortado a respiração dos foliões com sua grandeza musical. É bom lembrar que logo depois da abertura oficial do carnaval, tipo 20h, aconteceu um escandalso show pirotécnico que para muitos fo mais bonito do que o do Réveillon. Assisti tudo do terraço do camarote do prefeito João da Costa, debruçado para o mar. Ficou aquele gostinho de quero mais.

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Maria do Carmo Martins Sobral e Angela Souza

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