Fernando Machado

Alegres Bandos & Dona Lindu

“Eu quero entrar na folia, meu bem / Você sabe lá o que é isso? / Batutas de São José, isso é, parece que tem feitiço / Batutas tem atração que ninguém pode resistir / Um frevo desses que faz demais a gente se distinguir / Deixa o frevo rolar / Eu só quero saber / Se você vai ficar / Ai, meu bem, sem você / Ai, não há carnaval / Vamos cair no passo”. Foi com esta canção lírica de João Santiago que teve inicio ontem no final da tarde no Parque de Dona Lindu, em Boa Viagem, o Alegres Bandos, coordenado por Pedro Castro e Claudionor Germano.

b-pedro-castro-claudionor-germano

Pedro de Castro e Claudionor Germano (Foto: Fernando Machado)

b-sergio-gusmão-orquestra

Orquestra e coral de Zé do Bandolim (Foto: Fernando Machado)

Pense numa coisa linda é o encontro dos blocos líricos, sejam eles no Marco Zero ou no Dona Lindu. Não importa se eles não passaram pela Rua Imperatriz, Rua Nova ou na Pracinha do Diário. Lá estavam os seguidores dos blocos aplaudindo as flebelistas orgulhosas das suas agremiações. E como coluna social também é cultura, informamos que, para quem não sabe, Flabelos são os nomes dados aos estandartes do blocos líricos.

b-sergio-gusmão

Sérgio Gusmão mostra com orgulho a evolução dos blocos (Foto: Fernando Machado)

b-blocos

A bonita flabelista do Bloco da Flor da Lira de Carpina (Foto: Fernando Machado)

O excelente host Sérgio Gusmão anunciou o nomes dos blocos que iriam evoluir entre os foliões o Bloco das Ilusões, o bloco Menestréis de Paulista, o Bloco Flor da Lira de Carpina, o Bloco Compositores e Foliões, o Bloco Um Bloco em Poesia, o Bloco Cordas e Retalhos, o Bloco Boêmios da Boa Vista e o Bloco Batutas de São José. E por coincidência na hora que terminou o jogo do Santa Cruz contra o Bahia, com a vitória do tricolor do Arruda, a Orquestra e Coral de Beto do Bandolim executou a música que leva os foliões à loucura.

b-blocos2

As pastora dos blocos em tempo de evolução (Foto: Fernando Machado)

b-blocos4

Uma graça a flabelista do bloco Compositores e Foliões (Foto: Fernando Machado)

Era Capiba que cantado por um coral três mil vozes gritando bem alto: “Madeira do Rosarinho / Vem a cidade sua fama mostrar / E traz com seu pessoal / Seu estandarte tão original / Não vem pra fazer barulho / Vem só dizer… e com satisfação / Queiram ou não queiram os juízes / O nosso bloco é de fato campeão / E se aqui estamos, cantando esta canção / Viemos defender a nossa tradição / E dizer bem alto que a injustiça dói / Nós somos madeira de lei que cupim não rói”.

b-blocos1

Menestréis de Paulista prestigiou o evento (Foto: Fernando Machado)

b-tribo-tupinambá

Olha a Tribo de Índios Tupinambá, gente! (Foto: Fernando Machado)

A lua nova já estava aparecendo no céu quando a Orquestra entoou a música de Getulio Cavalcanti, “Falam tanto que meu bloco está, / dando adeus pra nunca mais sair. / E depois que ele desfilar, / do seu povo vai se despedir. / Do regresso de não mais voltar, / suas pastoras vão pedir: / Não deixem não, que o bloco campeão, / guarde no peito a dor de não cantar. / Um bloco a mais é um sonho que se faz / o pastoril da vida singular. / É lindo ver o dia amanhecer, / ouvir ao longe pastorinhas mil, / dizendo bem, que o Recife tem, / o carnaval melhor do meu Brasil”. Estava encerrando o Alegres Bandos.

Gostou ?
Compartilhe !