Fernando Machado

Viva o Frevo e Vassourinhas!

Às 18h, na Praça do Arsenal, diante da Torre Malakoff, recebeu a concentração para o cortejo, cerca de 120 pessoas entre músicos, passistas, capoeristas (São Salomão e Valentões), Rei e Rainha do Carnaval, portas estandartes, flabelistas e integrantes das agremiações convidadas e claro o Orquestrão sob a regência do grande maestro Ademir Araujo. Para a abertura do Carnaval de 2018. E ao som de maxixes e frevos ele se deslocou para o Marco Zero.

Maestro Duda, Yanê Montenegro e Alceu Valença (Foto: Fernando Machado)

Os clarins e tarós vão anunciando que o cortejo está chegando. Depois de 20 minutos o arrastão chegou ao palco do Marco Zero, sob barulho de fogos de artifícios, e ao som do frevo É Frevo Meu Bem, de Capiba. A cortina do palco se abre e ai começa o quadro O Frevo para o mundo. O Quinteto Violado grita freeevo! E o público responde: Freeevo! E lá no imenso palco já estava à melhor orquestra de frevo, atualmente, a do Maestro Duda. E que orquestra.

Ricardo Amorim, Barbara Graziela e Ariane Amorim (Foto: Fernando Machado)

O Quinteto Violado e a Orquestra do Maestro Duda tocam a música instrumental Frevo de Dudu (Dudu Alves) no imenso palco está um grupo de passistas, vestido de preto, fazendo evolução coreográfica com sombrinhas de todos os tamanhos. Na seqüência ouvimos o dobrado Batista de Melo (Manuel Alves Leite). Surge a malta de capoeiristas que evolue com o dobrado em toda a extensão do palco.

Lucinha Oliveira, Lais Climaco e Socorrinho Cardoso (Foto: Fernando Machado)

É executado Três da Tarde (Lídio Macacão) onde Passistas da Escola de Frevo, Otavio Bastos, Junior Ramalho, Meia Noite, Devison Vicente, Alisson, Inaê Silva, Anne Costa, Angélica, fazem a passagem para a dança frevo. Então é executado o frevo Cabelo de Fogo (Maestro Nunes), com a participação do Maestro Forró. Em seguida Cesar Michilles, com 6 flautistas, tocam Rumo Norte (Toinho Alves), e o frevo Ultimo Dia (Levino Ferreira).

Antônio Carlos Nóbrega com o pastor e pastoras do Inocentes do Rosarinho (Foto: Fernando Machado)

Entram ao palco os porta-estandartes das troças, acompanhados por dois brincantes, e dois passistas que conduziram de forma lúdica a coreografia. Antônio Carlos da Nóbrega interpreta Madeira que Cupim Não Roí (Capiba). Então entram os blocos líricos com suas Flabelistas e Brincantes tendo como fundo musical o Último Regresso (Getulio Cavalcanti), ainda tocam o Hino de Batuta de São José (João Santiago).

Maestro Duda, Mida, Melissa Albuquerque e Maestro Spok (Foto: Fernando Machado)

Participaram do quadro os blocos Compositores e Foliões; Com você no Coração; Banhistas do Pina; Confete e Serpentina; Boêmios da Boa vista; Cordas e Retalhos, Damas e Valetes, Saudade; Bloco das Flores; Esperança de Campo Grande; Ilusões; Eu quero mais; Inocentes do Rosarinho; O Bonde; Madeira do Rosarinho; Pierrot de São José; Edite do Cordão; Utopia e Paixão; Um Bloco em Poesia e o Bloco da Saudade.

Os palhaços Periquitos do Zumbi (Foto: Fernando Machado)

O Quinteto e Duda tocam com Jota Michilles Bom Demais e Me Segura Que Se Não Eu Caio (Jota Michilles); Morena Tropicana (Vicente Barreto e Alceu Valença) e Banho de Cheiro (Carlos Fernando). Entra André Rio cantando o Frevo Não Para (Dudu Alves), Voltei Recife (Luiz Bandeira), com coreografias dos palhaços Piriquitos do Zumbi e do Urso Cangaçá, ao ritmo do Hino de Elefante de Olinda (Clidio Nigro).

Edila Araujo, Juliana e Karla Carvalho do Pierrrot de São José (Foto: Fernando Machado)

Ouvimos o Frevo Sanfonado (Sivuca) com a Banda de Pífano Zé do Estado e Luciano Magno na Guitarra. E o grande final foi com o hino do Carnaval de Pernambuco Vassourinhas de Joana Batista da Silva e Mathias da Rocha. Em minha opinião o melhor momento da noite, pois o palco fica completamente lotado de figurantes. Nos outros momentos como o palco é grande demais, os participantes ficavam perdidos.

Pingo Barros, Armandinho e Tiago Murie (Foto: Fernando Machado)

Faltou beleza plástica, ou seja, gente, no palco, e para quem assistiu ao espetáculo via televisão não deve ter gostado, pois a cenografia não funcionou. Ainda bem o final salvou tudo. Para esse show trabalharam 370 figurantes. O importante que o frevo foi homenageado no seu dia. A minha nota para O Frevo para Mundo é 7. E completo foi melhor do que as aberturas do Carnaval com os Maracatus.

O palco no final do show (Foto: Fernando Machado)

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