Fernando Machado

Viva o Cordão do Bola Preta

Eu tinha um grande sonho assistir a saída do Cordão do Bola Preta, que sai pelas ruas do Rio de Janeiro, no Sábado Gordo. E somente consegui realizá-lo em março de 2017. E ele sai da Avenida Rio Branco e cantando “Quem não chora não mama / Segura meu bem a chupeta / Lugar quente é na cama / Ou então no Bola Preta / Vem pro Bola meu bem / Com alegria infernal / Todos são de coração / Todos são de coração / Foliões do carnaval (Sensacional!)”.

Caveirinha está do lado direito da porta estandarte (Foto: Portal do Cordão)

Uma multidão incalculável fazia peregrinação na frente e atrás dos quatro carros alegóricos. Nesse bloco já saíram Virginia Lane, Elisete Cardoso, Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira, Noel Rosa, Pixinguinha, Blecaute, para citar apenas estes nomes. Não esquecer que os travestis também marcam presença no Bola Preta. Muitas alas, principalmente as dos jovens, fantasiados fazem a beleza da agremiação. Muitos foliões, leia-se os travecos, trocam o estribilho do hino “quem não chora não mama / Segura meu bem a chupeta (genitália)”.

Esse quarteto causou na Avenida Rio Branco (Foto: Fernando Machado)

O Cordão da Bola Preta foi fundado em 13 de dezembro de 1918, na Rua da Gloria, 88, no Rio de Janeiro, por Álvaro Gomes de Oliveira (Caverinha) e Francisco Carlos Bricio, Francisco Brício Filho (Chico Brício), Eugênio Ferreira, João Torres e os três irmãos Jair e Joel Oliveira Roxo além de Arquimedes Guimarães. O nome surgiu porque Caverinha ao ver uma mulher linda de preto denominou o bloco com esse nome.

Os palhaços arrebentaram no Cordão do Bola Preta (Foto: Fernando Machado)

E para encerrar todos cantam Cidade Maravilhosa: “Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Brasil / Berço do samba e de lindas canções / Que vivem n’alma da gente / És o altar dos nossos corações / Que cantam alegremente”. É lindo demais. No próximo ano quero fazer parte dos festejos os seus 100 anos.

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