Fernando Machado

Vernissage de Antonio Mendes no Dom

O Hospital Pedro II foi inaugurado em 10 de março de 1861, na área que atualmente é o Bairro dos Coelhos, no Recife. O projeto foi assinado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira, tem o arquitetônico neoclássico e é ornamentado por arcadas romanas e por um pórtico com a figura da Caridade, de cantaria fina de Lisboa. Dificuldades fizeram parte da história do hospital, mas no final do século XIX, o Dom Pedro II era referência: os três pavimentos estavam ocupados e funcionando, com 483 pacientes e 146 empregados internos.

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Uma vista da maquete do Hospital Pedro II (Foto: Divulgação)

A partir de 1920, o Hospital Pedro II passa a servir ao ensino da Faculdade de Medicina do Recife, contribuindo para a formação de grandes profissionais em Pernambuco. Posteriormente, o Pedro II era Hospital das Clínicas da UFPE. Durante mais de 50 anos, como Hospital das Clínicas, foi um centro de excelência e de vanguarda na medicina nordestina, sendo pioneiro em vários procedimentos, por exemplo: primeiro hospital do Norte- Nordeste a realizar cirurgia cardíaca com circulação extra-corpórea. Todos os grandes nomes da medicina pernambucana fizeram parte do corpo médico deste renomado hospital.

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Pedro Frederico, Silvia Rissin, Carlos Trevi, Bessy Veiga, Antonio Mendes e Edgard Homem (Foto: Fernando Machado)

Antes da inauguração do prédio, aconteceu nos salões do hospital um baile em homenagem a Dom Pedro II, que estava em viagem oficial pelo Nordeste. A visita do imperador resultou na liberação de recursos para hospitais e orfanatos. O Hospital Pedro II foi construído junto com outras obras que marcaram a elevação do Recife à condição de cidade e capital da província, como Teatro de Santa Isabel, a Casa da Detenção, atualmente Casa da Cultura, e a Assembleia Legislativa.

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Antônio Mendes diante de três de suas telas (Foto: Fernando Machado)

Depois entrou em ruínas, e passou para o IMIP, que foi fundado em 1960 por um grupo de médicos, liderados pelo Professor Fernando Figueira. O então presidente do IMIP, Antônio Carlos Figueira, decidiu restaurá-lo e a tarefa foi entregue ao arquiteto Jorge Passos, que mexeu o mínimo possível nas características arquitetônicas originais do prédio. O IMIP é uma entidade filantrópica, que atua nas áreas de assistência médico-social, ensino, pesquisa e extensão comunitária. Pois bem foi nesse cenário histórico, para ser mais preciso, no Restaurante Dom, leia-se Marcelo Mignon, inaugurado em 2009, e que antes era uma enfermaria, que tivemos o vernissage do artista plástico Antônio Mendes.

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Marcelo Mignon e Selma Bragança (Foto: Fernando Machado)

O Dom, funciona como self-service, tem como chef André e como consultora a competente Selma Bragança onde os médicos, enfermeiros e funcionários do IMIP almoçam. A exposição terá parte da renda destinada para as suas obras assistenciais. Na coordenação da mostra está a presidente da Fundação Alice Figueira, Silvia Rissin e na curadoria Carlos Trevi. No mesmo instante uma das 13 obras, paisagens figurativas, foi adquirida. Os Interessados em adquirir algum dos quadros podem entrar em contato com a secretaria da FAF através do telefone (81) 2122-4704/4195. Parte da renda arrecadada com as vendas será destinada a construção do Instituto de Oncologia do IMIP.

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