Fernando Machado

Um Su: O Siri na Lata

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A notável Cristina e o prefeito Geraldo Julio de Melo Filho (Foto: Fernando Machado)

Ontem o Clube Português lotou de sirianos que foram curtir mais um baile do Siri na Lata. “Cuidado menina não deixa fugir /O siri da lata / Quero ver quem aguenta o rojão / Neste chão, neste sol / Neste frevo até quarta / Não é de ouro / Não é de prata mas vale um milhão a sua pata / Assegura a imprensa e toda a moçada /Do siri siri do siri na lata / Por isso olho na tampa, na brecha da lata / Na flecha do índio, na ação do pirata / Se o danado fugir / Vai chorar a mulata / Não tem mais / carnaval.”

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Adriana e Alexandre Mirinda (Foto: Fernando Machado)

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Alirio Moraes e Fernanda Matias (Foto: Fernando Machado)

Esse é o refrão da música Siri na Lata composto pelo compositor Carlos Fernando (1938/2013), foi cantado pelos que vivem e respiram o espírito do verdadeiro siriano. O Siri na Lata nasceu nas ladeiras de Olinda em 1976, gerado pelo jornalista Homero Fonseca. que não vai mais ao baile. Sempre foi um bloco de jornalistas, que é como um siri numa lata: faz barulho critica, denuncia e protesta. O seu nome completo era Bloco Anárquico Armorial Siri na Lata. Anarquia era a marca do grupo.

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Ana Karina e Cláudio Marino (Foto: Fernando Machado)

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Ana Paula e Augusto Carreras (Foto: Fernando Machado)

Nunca teve sede, sócios nem diretoria. As brincadeiras e críticas espirituosas é que faziam a diversão dos sirinianos. E no domingo de Carnaval, todo mundo se reunia num bar à beira-mar de Olinda conhecido como Maconhão para depois subir a ladeira. O tema deste ano foi Petrolão, e a decoração foi inspirada bobos da corte de Dina Rousseff e Lula. As atrações da noite foram Almir Rouche, Elba Ramalho, Maestro Forró e Asas da América. Todos foram muito aplaudidos mais a música que levou o público à loucura foi Ilariê, mostrando que a Rainha dos Baixinhos ainda é a tal.

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Andréa e Marcos Aurélio Teixeira (Foto: Fernando Machado)

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Beatriz Ivo, Ricardo Carvalho e Sandra Branco (Foto: Fernando Machado)

E todos cantavam “Tá na hora, tá na hora / Tá na hora de brincar / Pula-pula, bole-bole / Se embolando sem parar / Ilarilarilariê (ô, ô, ô) / Ilarilarilariê (ô, ô, ô) / Ilarilarilariê (ô, ô, ô) / É a turma da Xuxa que vai dando o seu alô”. Assim como “Olha a cabeleira do Zezé / Será que ele é? / Será que ele é? / Olha a cabeleira do Zezé / Será que ele é? / Será que ele é? / Será que ele é bossa nova? / Será que ele é Maomé? / Parece que é transviado / Mas isso eu não sei se ele é”.

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Carlos Augusto Costa e Juliana (Foto: Fernando Machado)

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Dagoberto e Terezinha Nunes (Foto: Fernando Machado)

Também coube a Almir Rouche cantar outro hit do passado Madeira que Cupim não Rói, do mestra Capiba: “Madeira do Rosarinho / Vem à cidade sua fama mostrar / E traz com seu pessoal / Seu estandarte tão original / Não vem pra fazer barulho / Vem pra dizer e com satisfação / Queiram ou não queiram os juízes / O nosso bloco é de fato campeão / E se aqui estamos, cantando essa canção / Viemos defender a nossa tradição / E dizer bem alto que a injustiça dói /
Nós somos madeiras de lei que cupim não rói”.

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Jarbas Vasconcelos, Flora Lima e José Ferreira (Foto: Fernando Machado)

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Jayme Asfora Filho, Pedro Henrique e Gabriela Reynaldo Alves com Juliana Asfora (Foto: Fernando Machado)

Também Almir arrasou interpretando Adoro Celulite de Jota Michiles e Gustavo Krause: “Gordinha linda Afrodite / Parei no seu it / De anjo barroco / Você me deixa louco / Com seu apetite, acredite / Adoro celulite / Na comilança / Ninguém lhe segura / Em cima da balança / É beleza pura / Na gula deita e rola / Com seu jeito moleque / Bebendo Coca Cola / Comendo Big Mac / Gordinha gulosa / Que tudo deseja / Vem pra mim de bandeja / Com toda tesão / Quebrando a cintura / Rasgando corpete / Quero ser teu sorvete / Melando na mão”.

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Jarbinhas Vasconcelos e Fabiola Moura (Foto: Fernando Machado)

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Luiza Nogueira e Raul Henry (Foto: Fernando Machado)

Quero parabenizar os produtores Ricardo Carvalho e Paulo Braz por valorizar o frevo e as marchinhas cariocas. Adorei ouvir Mamãe, eu quero, mamãe, eu quero / Mamãe, eu quero mamar / Dá a chupeta, dá a chupeta / Dá a chupeta pro bebê não chorar”; Maria Sapatão / Sapatão, Sapatão / De dia é Maria / De noite é João / Maria Sapatão / Sapatão, Sapatão / De dia é Maria / De noite é João / O sapatão está na moda”.

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As irmãs Manuela, Priscila e Daniela Krause (Foto: Fernando Machado)

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Katia e Silvio Meira (Foto: Fernando Machado)

E quem gosta de cantar “Sassassaricando / Todo mundo leva a vida no arame / Sassassaricando / A viúva, o brotinho e a madame / O velho na porta da Colombo / É um assombro / Sassaricando  e / Quem não chora não mama! / Segura, meu bem, a chupeta / Lugar quente é na cama / Ou então no Bola Preta”. Informação carnavalesca: O primeiro baile aconteceu no Clube Batutas de São José, na sequencia o Clube Atlântico de Olinda, Torre Malakoff, Cais da Alfândega, Clube Líbano e agora está no Português.

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Sheila Wanderley e João Alberto (Foto: Fernando Machado)

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