O final de semana começa muito triste, por conta do falecimento de Tarcisio Miranda Cavalcante. Uma figura humana maravilhosa. Era professor de handebol nos grande colégios do Recife, jogador de futebol, foi campeão juvenil pelo Sport como goleiro. Adorava carnaval, em síntese como disse seu amigo Netinho, carnavalesco das ladeiras de Olinda.
Tarcísio adolescente assistindo um jogo na Ilha do Retiro
Também tocava na Banda de Pau e Corda nos carnavais de Boa Viagem. Os amigos já estão com muita saudade de Tarcisio, vai fazer muita falta no Face. Quando tinha uma dúvida de algum atleta de futebol recorria a ele. Tarcisio faleceu ontem e o velório está acontecendo no Cemitério Morada Paz, onde será enterrado às 11h.
A nota do blog de Ricardo Antunes define como a diretoria do Santa Cruz, está sem sintonia. Ela não queria que o velório do grande ídolo Henágio acontecesse no Arruda. Ainda bem que do ex-presidente Antônio Luiz Neto e o amigo goleiro do Tri Super, Luiz Neto não permitiram. O velório ficou menos de duas horas, pois o irmão levou o caixão para Sergipe. Ricardo completa: “Todos os jornais locais silenciaram sobre o episódio”.
Eduardo Garcia Hemmi, Welton Carvalho e André Moreno Vargas no River (Foto: Marcos Santiago)
Na semana passada, o River Shopping, localizado em Petrolina, comemorou 20 anos. A confraternização das mais concorridas, aconteceu na Praça de Alimentação do mall, com um bufê assinado por Jackeline Maia. Entre as presenças, destacamos o filho do fundador do RS Eduardo Garcia Hemmi, o superintendente Welton Carvalho, e o representante da Mais Valor, administradora do empreendimento, André Moreno Vargas.
Ontem, tivemos na Igreja do Bom Pastor, que já foi de São Vicente de Paulo e era coordenada pelas irmãs Vicentinas, agora é da CNBB, na Rua Dom Bosco, o velório do Papa da Crônica Social do Recife, José de Sousa Alencar, o Alex. Naquele templo do século XVIII era sua mãe, DonaSinhá, assistia as missas aos domingos. Quando a igreja estava com a cobertura podre, Alex conseguiu doações para restaurá-la.
O vice-governador Raul Henry foi o único político presente (Foto: Fernando Machado)
Ele sonhava que seu velório acontecesse lá, pela ligação de Dona Sinhá com a igreja que ficava em frente de sua casa. Pois foi graças ao Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que autorizou a cerimônia na São Vicente de Paulo. Dom Fernando conhecia Alex da época que ele era famoso. E teve mais, foi Dom Fernando Saburido quem deu a extrema unção para Alex, semana passada.
Padre Arnaldo durante a homilia (Foto: Fernando Machado)
Alex faleceu no Dia de São Francisco de Sales, o padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos, não é uma benção? É deste santo francês este pensamento: “Maria é Mãe de Deus e tudo consegue; é mãe dos seres humanos e tudo concede”. Antes do seu corpo seguir para o Cemitério Morada da Paz, aconteceu uma missa de corpo presente presidida pelo Padre Aníbal, que reside no Lar Sacerdotal.
Estes são os afilhados do Alex (Foto: Fernando Machado)
A primeira leitura coube a jovem Laura Fernandes e o ministério musical, excelente foi com a voz e violão de Arnaldo Andrade, que inovou ao cantar Meu Coração é para ti, começou Alex é para Ti, Senhor / Alex é para Ti, Senhor / Alex é para Ti, Senhor / Alex é para Ti / Porque Tu me deste a vida / Porque Tu me deste o existir / Porque Tu me deste o carinho / Me deste o amor”. Foi lindo demais. Ao invês de uma homilia, Padre Aníbal pediu que convidados dessem um depoimento sobre ele.
Os imortais Reynaldo Oliveira, Lourdes Sarmento, Abdias Moura, Fátima Quintas e Ana Maria César (Foto: Fernando Machado)
A primeira a falar foi Tânia Spinelli, e na sequencia a presidente da Academia Pernambucana de Letras, Fátima Quintas e depois o acadêmico Abdias Moura. Fátima traçou um perfil do acadêmico Alex, que no dia 4 de agosto completaria 45 anos de imortalidade. Lembrou que ele conseguiu muitas doações para a Casa de Carneiro Vilela, pois era os anos dourados do cronista alagoano, radicado no Recife, desde 1949.
Padre Aníbal quando ia aspergir água benta no corpo de Alex (Foto: Fernando Machado)
E depois de cantar a Oração de São Francisco: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz; / Onde houver ódio, que eu leve o amor; / Onde houver discórdia, que eu leve a união; / Onde houver dúvidas, que eu leve a fé; / Onde houver erros, que eu leve a verdade; / Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; / Onde houver desespero, que eu leve a esperança; / Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; / Onde houver trevas, que eu leve a luz. / Pois é dando que se recebe; / É perdoando, que se é perdoado; / E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Silvio Nicéas no último momento de Alex entre nós (Foto: Fernando Machado)
Arnaldo Andrade puxou Coração da América de Milton Nascimento: “Amigo é coisa para se guardar / Debaixo de sete chaves / Dentro do coração / Assim falava a canção que na América ouvi / Mas quem cantava/ chorou / Ao ver o seu amigo partir / Mas quem ficou, no pensamento voou / Com seu canto que o outro lembrou / E quem voou, no pensamento ficou / Com a lembrança que o outro cantou”. E encerrou com Nossa Senhora de Roberto Carlos.