Fernando Machado

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Luiz Aureliano pede exoneração do Comando da PMPE

Conforme antecipado com exclusividade por esta coluna, o coronel Luiz Aureliano de Barros Correia pediu exoneração do cargo de comandante geral da Polícia Militar e será substituído pelo coronel Carlos Pereira, que dirigia a Diretoria Integrada de Policia do Interior, em Petrolina. A solenidade de passagem de comando será realizada às 17h de hoje, na frente do quartel do Derby, sede do comando geral da PMPE.

Quem também deixa o cargo é o chefe do Estado-Maior, coronel Eden Vespaziano, que será substituído pelo coronel Paulo Cabral. Vespeziano deve ser transferido para a reserva e a assumir o cargo de Consultor Técnico da Secretria da Criança e da Juventude, a convite do secretário Pedro Eurico. O novo comandante da PMPE foi ajudante de ordens do vice-governador Mendonça Filho, durante os oito anos do governo Jarbas/Mendonça. Nas horas vagas é cantor, no estilo música de barzinho.

Com menos de um ano no cargo (ele assumiu em 4 de julho do ano passado), Luiz Aureliano já tinha anunciado a amigos que pretendia deixar o comando por não concordar com o estilo de gestão do secretário Wilson Damázio. Ele teria colocado o cargo à disposição desde o dia 4 de abril, mas a saída só foi formalizada sexta-feira, quando ele teve uma audiência com o governador Eduardo Campos, para expor sua insatisfação e pedir exoneração.

Além do esvaziamento do cargo (foi retirada a autoridade do comandante até para transferir um soldado), Luiz Aureliano se queixou do fato de não ter participado da assinatura dos atos de promoção em março e da mudança de vários comandos subordinados sem  seu conhecimento. Sem citar nomes, ele teria se posicionado contra a ingerência exagerada do secretário executivo de planejamento nos assuntos de segurança.

Últimas Notícias

Segundo a rádio corredor do QG da PMPE o comandante geral Luiz Aureliano de Barros Correia estaria pensando em entregar o cargo tão logo retorne dos Estados Unidos, para onde viajou em férias. Comenta-se que ele estaria insatisfeito com o esvaziamento do cargo de comandante geral, que não tem poder nem para transferir um soldado de um batalhão para o outro. A gota d’água, entretanto, teria sido a proibição de ele participar, no gabinete do governador Eduardo Campos, do ato de assinatura das promoções dos oficiais no início de março.

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O comandante geral da PMPE, coronel Luiz Aureliano, não quer ser um mero sindico de luxo do Derby (Foto: Fernando Machado)

O Comitê Eleitoral do Recife Convention Bureau, formado por Paulo Menezes, José Otávio de Meira Lins e Gisela Latache, divulgou ontem à noite o resultado da eleição para o novo conselho da entidade com 100% de eleição do grupo “Com união a construção continua”. By the way: O diretor da Up to Date Eventos, André Trajano, foi o quarto mais votado pelos associados da entidade. Ele e os outros oito eleitos vão escolher, entre si, quem será o próximo presidente do RCVB.

Patrulha dos Bairros II

O que pouca gente sabe é que a Patrulha dos Bairros foi copiada integralmente da Operação Polo, lançada pela Polícia Militar de São Paulo, na época do governo Franco Montoro. As kombis daqui já estavam pintadas com o mesmo nome paulista, mas Roberto Magalhães, ao saber desse detalhe, chamou Cecília Freitas, da agência Gruponove para criar um nome local próprio diferente do São Paulo.

O pessoal da agência, ao ouvir que a operação era específica para os bairros, criou o nome Patrulha dos Bairros. Como não dava mais tempo repintar as kombis, foram confeccionados adesivos com o novo nome e colocados nos veículos. O primeiro lote foi de 35 kombis, mas o número foi ampliado, chegando a 108. A Patrulha dos Bairros atuou na Região Metropolitana e em Caruaru. Amanhã será a última matéria sobre o assunto.

Patrulha dos Bairros

O que o governo atual chama de Patrulha do Bairro não tem nada a ver com o serviço de policiamento lançado com esse nome no governo Roberto Magalhães. Na época, o comandante da PMPE, coronel Nelson Lucena, conseguiu verba com o então ministro de Justiça, Fernando Lyra, para comprar as kombis da verdadeira Patrulha dos Bairros, que contava com cinco PMs por cada carro. Eles faziam rondas motorizadas, seguindo um roteiro predeterminado e parando em pontos de estacionamento prefixados.

Enquanto a kombi estava parada, duas duplas de PMs faziam rondas a pé, também por locais estabelecidos. O quinto PM ficava na kombi em contato com a central de polícia. A kombi nunca saía do bairro, pois em caso de prisão de algum suspeito ou acusado de crime, uma guarnição normal de polícia era acionada para fazer a condução do preso até a delegacia. Essa reportagem faz parte de uma série de três sobre o assunto.

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