Fernando Machado

Sonia Maria Campos: Miss Pernambuco de 58

Hoje, o blog amanheceu saudoso. Tudo por conta que nesta data, a deusa de ébano Sonia Maria Campos, Miss Santa Cruz, era eleita nos salões do Clube Português do Recife, o concurso de Miss Pernambuco de 1958. Desfilaram no festival da beleza nove candidatas para um publico estimado em cinco mil pessoas. Era o tempo do glamour dos concursos de misses, que nunca mais voltará. Deste tempo restaram as lembranças.

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As misses Universitários, Círculo Militar, Cabanga,  Jet, Português e Internacional (Foto: Diário de Pernambuco)

As candidatas foram Josefina Barreto do America, Ligia Villar do Cabanga, Maria Helena Padilha do Circulo Militar, Silvia Martins de Almeida do Clube Internacional, Maria de Lourdes Costa do Jet, Louise Brendell do Náutico, Sonia Maria Campos do Santa Cruz, Iara Portella do Clube dos Universitários e Ingrid Hoffmann do Português.

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Sonia Maria Campos desfilando de vestido e maiô (Fotos: O Cruzeiro e Acervo do blog)

O concurso de Miss Pernambuco de 1958 foi coordenado por Alex, que também fez parte do júri. As misses foram maquiadas por Alberto Zampolioni, Hemê Pessoa e Mucio Catão, e penteadas pelos cabeleireiros Alécio, Alberto Zampolioni, Ernane e Aparecida. As misses tiveram como personal trainer Otavio Catanho.

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Lygia Villar, Sonia Maria Campos, Louise Brendell, Josefina Barreto, Helena Padilha, Silvia Martins de Almeida, Lourdinha Costa e Iara Portella (Foto: Correio do Povo)

Já era manhã do domingo quando Zayra Pimentel, Miss Pernambuco de 1957 passou a faixa de Miss Pernambuco de 1958 para Sônia Maria Campos que usava um modelo criado por Marcilio Campos e confeccionado por Cecília Campos. No segundo lugar ficou Ingrid Hoffmann que nasceu na Paraíba e o terceiro com Louise Brendell recém chegada da Alemanha, que usou um modelo de Victor Moreira.

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Louise Brendell, Lygia Villar, Silvia Martins de Almeida, Helena Padilha, Lourdinha Costa, Sonia Maria Campos e Iara Portela (Foto: Correio do Povo)

A vitória de Sônia foi contestada por ser mulata e ter vencido duas loiras. Em 1957, Sônia representando o Círculo Militar ficou no segundo lugar. O cronista social Altamiro Cunha, que não participou da comissão julgadora torceu por Sonia Maria Campos. Já o sociólogo Gilberto Freyre do júri não escondia que Sônia era a candidata mais pernambucana de todas. Eita tempo bom danado.

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