Ricardo Guerra, Alberto Feitosa e Davide Veneri (Foto: Fernando Machado)
Fiquei muito orgulhoso com o que vi na noite de quinta-feira. Atendendo a um convite do secretário Alberto Feitosa, que está fazendo um trabalho notável à frente da pasta de Turismo, fui conhecer os Sonhos da Pastornha Diana, na minha querida Gravatá. É um espetáculo grandioso assinado pelo artista italiano Valerio Festi. Subir a serra já é uma maravilha, pois possui um cenário deslumbrante e de quebra olhar uma encenação cheia de malabarismo e efeitos especiais. Imperdivel.
A dança do fogo (Foto: Juarez Ventura)
O Sonhos da Pastorinha Diana formatado em 10 quadros, merece ser visto e não é por acaso que não se fala noutra coisa nesse final de ano em Pernambuco, senão na Diana. Com um elenco de 160 pessoas, entre técnicos, acrobatas, atores e bailarinos, sendo que deste pelotão 40 são italianos, que passeia sobre nós puxando a tradição do nosso pastoril, mas com um toque especial de modernidade.
A Diana e os bonecos dançando (Foto: Juarez Ventura)
Nele Valerio Festi e a dramaturga Monica Maimone criaram uma performance de arrebentar quarteirão. Diana, a intermediária entre os cordões de pastorinhas azul e encarnado, viaja no mundo dos sonhos, nos levando à admirar mais ainda nossas tradições populares e festejar o Natal na charmosa Gravatá.
André Campos, Luciana Fernandes e Carlos Braga (Foto: Fernando Machado)
A trilha sonora é belíssima começa com Da Cepa Brotou a Rama colocando os bailarinos num zigue-zague sem fim. A partir daí o elenco começa a voar e a gente com eles. Os primeiros a sobrevoarem sobre nós são a borboleta e o anjo. E pronto de repente se desfazem o grande laço vermelho que envolve o palco.
O Anjo sobrevoando a bola onde estão São José, Maria e Jesus (Foto: Juarez Ventura)
É meia-noite, hora da vigília de Natal. Como todas as crianças, Diana, com seu vestido vermelho e azul tenta espiar o que há dentro das caixas de presentes, colocados em torno da árvore. A noite cai e, do lado de fora da janela, vê-se a lua, alta no céu. Dois bailarinos entram em cena, representando os dois cordões do pastoril. Um cortejo de estrelas desfila em meio ao público.
O frevo também garante o sucesso do espetáculo (Foto: Juarez Ventura)
Diana não consegue esperar e adormece dentro de uma rede, que a leva para o mundo dos sonhos. A menina vê passarem por ela personagens fantásticos, que lembram as histórias que seu avô lhe contava. Até o diabo fez suas estrepolias. Duas bailarinas, representando a Cigana e a Jardineira, dançam uma coreografia que desafia a lei da gravidade, como somente nos sonhos seria possível. A estrela do natal se acende no palco, iluminada por fogos de artificio.
Alberto Feitosa, Iabela Sanchez e Ricardo Guerra (Foto: Fernando Machado)
No céu, aparecem os primeiros raios de sol que anunciam a chegada do dia. Diana, que ainda está entre o sono e a vigília, ouve o badalar dos sinos que, juntos de bonecos típicos do artesanato nordestino, dançam diante dela. A emoção toma conta da cena. É o natal em sua plenitude. O pai de Diana lhe dá a permissão tão aguardada: ela pode abrir suas caixas, pois finalmente é Natal.
Lindo essa cena que remete ao rappel (Foto: Juarez Ventura)
Foi lindo ouvir O Sal da Terra, Asa Branca de Luiz Gongaza, Antiga Palavra, Jogada Infantil, Winter Wonderland, O Último por do sol de Lenine, Pastorinhas e Bandeira Branca, Carcará, Forró e Frevo com Sivuca, e a Ave Maria de Villa Lobos é de arrepiar. Sem esquecer o Oiche Chiuin com Enya, Xique Xique com Tom Zé, Cristhmas Time, Valores do Passado com a Orquestra de José Menezes e encerra com Então é Natal com Simone.
O grande final teve como testemunha o Cristo do alto do Cruzeiro (Foto: Juarez Ventura)