Fernando Machado

Do Frevo ao Jazz

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Maestro Spok e sua Orquestra (Foto: Beto Figueiroa)

O jazz é uma manifestação musical, surgida no seculo XX, nas comnidades negras pelas bandas de New Orleans, Chicago e New York. O jazz somente foi considera música depois de 1915. O inventor do jazz foi o pianista Ferdinand Joseph LaMenthe, mais conhecido por Jelly Roll Morton (1890/1941), em 1902. Outro ícone do ritmo Earl Hines (1903/1983), costumava dizer que estava tocando piano antes mesmo da palavra jazz ser inventadada.

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A embaixadora Liliana Ayalde e o cônsul geral Richard Reiter (Foto: Fernando Machado)

Já o frevo, um pouco mais antigo, é uma manifestação musical surgida em Pernambuco, no final do século XIX. O frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. É muito executado durante o carnaval. A palavra frevo surgiu na edição do dia 9 de fevereiro de 1907, do Jornal Pequeno, na coluna do jornalista Oswaldo de Almeida, se referindo ao ensaio do Clube Empalhadores do Feitosa, sediado no Hipódromo.

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A Jazz at Lincoln Center Orchestra (Foto: Beto Figueiroa)

Pois no dia primeiro de abril, Dia da Mentira, aconteceu, no Parque de Dona Lindu, um encontro entre o Frevo e o Jazz. O frevo foi representado pelo Maestro Spok e sua Banda e o jazz por Wynton Marsalis e a Jazz at Lincoln Center Orchestra, de Nova Iorque. E essa reunião musical histórica se deve aos 200 anos da instalação do Consulado dos Estados Unidos da América no Recife, com a chegada do primeiro cônsul Samuel S. Voorhees em 1815, porém foi o cônsul George A. Chamberlain (1906-1909) quem testemunhou o seu nascimento.

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Este deus de ébano era uma maravilha (Foto: Beto Figueiroa)

De Capiba (1904/1997) ouvimos Olinda Cidade Eterna, e que certa vez afirmou “Caso o Frevo chegasse aos Estados Unidos dominariam o , que certa vez afirmou “Caso Frevo chegasse aos Estados Unidos dominariam o mundo”, foi incluído no setlist do Maestro Spok. Lá no céu Capiba cantava: “De chapéu de sol aberto / Pelas ruas eu vou / A multidão me acompanha, eu vou / Eu vou e venho pra onde não sei / Só sei que carrego alegria / Pra dar e vender / Espero um ano inteiro / Até ver chegar fevereiro/ Mas, se um dia o frevo acabar / Juro que eu vou chorar”.

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Stuart Bechler, Mark Schlink e o cônsul Eric Olson (Foto: Fernando Machado)

Essa noite inesquecível começou com o Maestro Spok, executando  Spokiando, Moraes é Frevo, Comichão, Nino, o pernambuquinho do grande Maestro Duda, Gostosão e Gostosinho de Nelson Ferreira, Ninho de Vespa de Dori Caymmi, Frevo Sanfonado e encerrou com Onze de Abril e deu um acorde do Hino do Santa Cruz. Os cônsules tricolores Christopher del CorsoUsha Pitts iam adorar. Depois subiram ao palco Wynton Marsalis e sua JLCO, que apresentaram o seguinte programa: Big Fat Alice’s Blues (Edward Ellington), Things to Come, Bebe (Hermeto Pascoal), The Blue Room (Perry Como), Mood Indigo (Joe Jackson), Sent for you Yesterday (Alessandro Raina) e Crescent City: Mvt VI, Down by the Bayou.

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O maestro Spok e sua orquestra (Foto: Beto Figueiroa)

Todavia o final foi apoteótico com Spok tocando uma introdução do hino do nosso Carnaval Vassourinhas e depois as duas orquestras executaram os tradicionais parabéns para você em ritmo de frevo e de jazz, pelos 200 anos do consulado norte-americano, sendo acompanhado por um coral de cinco mil vozes. Três maestros na primeira fila, Duda, Edson Rodrigues e Neneu Liberaldino. Claro que a embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde, acompanhada o cônsul geral Richard Reiter também estava lá.

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Spok e Marsalis à côté a JLCO nos parabéns para os 200 anos deo Consulado (Foto: Beto Figueiroa)

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