Fernando Machado

O Maior Espetáculo do Carnaval

O palco do Marco Zero, que foi inaugurado no dia 31 de janeiro de 1938, estava pronto para receber mais uma vez o momento mais bonito do Carnaval do Recife: O Encontro dos Blocos Líricos. O sol já começava seu ocaso, quando os apresentadores, mais uma vez, Matheus (Ivan) e Catirina (Brito) convidou o cantor e compositor Getúlio Cavalcanti para sua apresentação. Depois majestosamente começaram a surgir no palco os Blocos Líricos. O primeiro fazer sua evolução foi o Bloco Flor da Lira de Olinda, fundado em 1975, não nada sobre ele, pois o presidente Seronildo Guerra, disse não ter tempo para imprensa.

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Pastoras e pastores do Bloco Flor da Lira de Olinda (Foto: Fernando Machado)

Na sequencia veio o Bloco das Ilusões, fundado por Carminha Freire, esposa do Eneas Freire do Galo da Madrugada, agora presidido pela senhora Ana Neri Meneses, filha de dona Carminha. Começou interpretando o Frevo do Galo “Acorda Recife, acorda / Que já é hora de estar de pé / Levanta, o carnaval começou / No bairro de São José / Vem, vem meninada / Vem conhecer o Galo da Madrugada / O Galo vai desfilando com beleza e harmonia / E o Enéas comandando / E mostrando a alegria de um carnaval / Que basta brincar um dia / Vem, vem meninada / Vem conhecer o Galo da Madrugada / Se você desfilar este ano / Nunca mais vai esquecer da Padre Floriano / O Galo é quem vai cantar / O Galo é quem vai mandar”.

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Duas pastoras ao lado de Heleno Ramalho e da presidente do Bloco das Ilusões Ana Neri Meneses (Foto: Fernando Machado)

E como sonhar não custa nada consegui ver um camarote lá no céu aplaudindo o que restou doas antigos carnavais Nelson Ferreira, Capiba, Luiz Bandeira, Raul e Edgar Moraes, Antônio Maria, Levino Ferreirs, os Irmãos Valença, Zumba, Lourival Oliveira, Mário Melo, Miro Oliveira, Romero Amorim, Aldemar Paiva, Diná e Waldemar de Oliveira, João Santiago, Luiz Boquinha, Sebastião Lopes, Gildo Branco, Maximiniano Campos, Arthur Lima Cavalcanti, José Menezes, Clarisse Lispector, Catarina Real e Dona Santa.

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A flabelista do bloco Com Você no Coração (Foto: Fernando Machado)

Quando olho para o palco surge o Bloco Lírico Com Você no Coração, que homenageou Claudionor Germano, cantando “Quem tem saudade não está sozinho / tem o carinho da recordação / por isso quando estou mais isolado / estou bem acompanhado com você no coração / Um sorriso, um abraço e uma flor / tudo é você na imaginação / serpentina ou confete, carnaval de amor / tudo é você no coração / você existe como um anjo de bondade / e me acompanha nesse frevo de saudade”.

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Pastor e pastoras do Bloco Confete e Serpentina (Foto: Fernando Machado)

Desta vez sobe no palco, jogando jetons, o Bloco Confete e Serpentina com o tema A Magia da Lua. A turma mexeu com o grande publico. Começou com “Todos êles estão errados / A lua é dos namorados / Lua que no céu flutua / Lua que nos dá luar / Lua , oh lua / Lua , oh lua / Querem te passar pra trás / Lua , oh lua / Querem te roubar a paz / Lua , oh lua / Não deixa ninguém te pisar” e depois arrasou com “Ontem eu sonhei que estava em Moscou / Dançando pagode russo na boate Kossaco / Parecia até um frevo / Naquele “cai e não cai” / Parecia até um frevo / Naquele “vai e não vai” / Vem cá Kossaco / Kossaco dança agora / Na dança do Kossaco / Não fica Cossaco fora”.

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As burrinhas do Calu Mulher de Limoeiro (Foto: Fernando Machado)

Veio um bloco formado somente de mulheres, o Calu Mulher de Limoeiro, que estava lindo todas vestidas de burrinhas e encerrou cantando Vassourinhas: “Se essa rua fosse minha / eu mandava ladrilhar / com pedrinhas de brilhantes / pra vassourinhas passar. / Somos nós os Vassourinhas / todos juntos em borbotão. / Vamos varrer nossa cidade / com cuidado e precisão”.

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As pastoras do bloco Cordas e Retalhos (Foto: Fernando Machado)

E agora quem vem?  É o Bloco Cordas e Retalhos, fundado no dia 15 de agosto de 1998, tendo como tema o Auto do Cavalo Marinho. Quem encerrou cantando Juventude Transviada, de Capiba. Ai aconteceu a maior falta de respeito com uma entidade e com o público, cortaram o áudio, mesmo assim um coral de 10 mil vozes  cantou : “Eu quero ver esse ano / A juventude dourada / Na rua que é do povo / Camisa aberta no peito / Fazendo o que os seus avós / Fizeram em tempos passados / Ao som do frevo bem quente / O passo sem preconceito / Estou aqui para ver / A juventude dourada / Nessa alegria de louco / Entrando na madrugada”.

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Os pastores e pastoras da Flor do Eucalipto (Foto: Fernando Machado)

Apresento hoje, a primeira parte com o Bloco Flor do Eucalipto, com um tema que fiquei enlouquecido. Estava deslumbrante, apesar não ter luxo, mas nem precisava. Olha quem hmenagearam Carmen Miranda, um sonho que não acabou. E não acabou mesmo. Fundada, em Moreno, no dia 2 de setembro de 2000 e tem como presiente Maria Tereza Barreto. Formada por 45 desfilantes e uma orquestra de 20 musicos. Quando maestro Moisés Costa atacou de “Eu fiz tudo pra você gostar de mim / Ó meu bem / Não faz assim comigo não / Você tem, você tem / Que me dar seu coração”, o público foi ao delírio.

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O flabelo da Flor do Eucalipto, remetendo à Carmen Miranda (Foto: Fernando Machado)

E deixou o palco cantando também Vassourinhas:” “Se essa rua fosse minha / eu mandava ladrilhar / com pedrinhas de brilhantes / pra vassourinhas passar. / Somos nós os Vassourinhas / todos juntos em borbotão. / Vamos varrer nossa cidade / com cuidado e precisão”.

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