Iuri Leite, César Silvany e Celso Coli (Fotos: Fernando Machado)
“Ai, ai saudade / Saudade tão grande / Saudade que eu sinto / Do Clube da Pás, do Vassouras / Passistas traçando tesouras / São maracatus retardados / Chegando à cidade, cansados / Com seus estandartes no .” Pois evocando esse frevo canção de Antônio Maria que entramos no camarote Globeleza (ou seria o Palácio do Efêmero Globeleza?), na Pracinha do Diário de Pernambuco.
O brigadeiro Luiz Antônio Pinto Machado e Denise
Para quem não sabe era nesse local, alguns anos, servia de concentração para Vassourinhas, Batutas de São José, Inocentes do Rosarinho, Bloco das Flores e da Saudade, além dos maracatus e caboclinhos, nos dias dos carnavais do Recife. Daqueles carnavais que não voltam porém eles ficam na saudade. E como bom saudosista lembrei do frevo de Nelson Ferreira e Aldemar Paiva, “Quem tem saudade / Não está sozinho / Tem o carinho da Recordação / Por isso quando estou / Mais isolado / Estou bem acompanhado / Com você no coração.”
Sheina Sherry e Matthew Sandelans, Usha Pitts e Leonel Miranda
Eu acho que São Pedro também está chocado com o que fizeram com nosso carnaval, e chorou copiosamente quando os trios elétricos, eu disse trios elétricos, deslizavam pela Avenida Dantas Barreto. Mesmo assim como diria Capiba: “A multidão me acompanha / Eu vou / Eu vou e venho / Pra onde não sei / Só sei que carrego alegria / Para dar e vender”. O Camarote Globeleza é o sonho de desejo do recifense.
Ana Luiza e Paulo Câmara
E como disse ano passado aquilo nem é mais Camarote e sim um Palácio do Efemero. Nos dois pavimentos via-se por toda parte o colorido das telas do artista plástico Romero Britto, concebido por Márcia Morgano e decorado por Romildo Alves. As camisas dos convidados são telas do artista homenageado. De forma estilizada, gatos, peixes, borboletas, coqueiros, desenhos geométricos variados e uma infinidade de ouras peças multicoloridas, dão vida ao local.
Amir e Andrea Schvartz