Fernando Machado

O Circo por Lívia Mattos

O circo é democrático. Nele cabem todas as diferenças, encontram-se todas as idades, as classes sociais, as profissões, as orientações sexuais, etnias e tantas outras distinções. Segundo registros, ele existe no Brasil desde o século XIX, e exerceu um papel fundamental no desenvolvimento da musica nacional. Sua estrutura-palco itinerante penetrava nos interiores e capitais desse Brasil com espetáculos que agregavam diversas linguagens e dentro dos quais a música era imprescindível, executada por bandas contratadas localmente ou pertencentes ao próprio circo.

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O Palhaço Fura Fura e Lívia Mattos (Foto: André Heleno)

Além da fina sintonia entre a música e os números apresentados, os próprios circenses se apropriavam da música pra dialogar com o público – como as rumbeiras e os palhaços. Também era debaixo da lona que cantores populares como Cauby Peixoto, Cascatinha e Inhana apresentavam seu trabalho musical. Lívia Mattos, artista e socióloga, começou a se debruçar sobre o tema no seu bacharelado em Sociologia na Universidade Federal da Bahia, dando continuidade à pesquisa fora da academia. Entretanto, mais do que um projeto pessoal, trata-se de um apanhado documental da história do circo e da música no Brasil, baseado em uma fonte preciosa: as memórias e narrativas de quem fez história.

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O Palhaço Picolino (Foto: Luis Alfredo)

O projeto Música no Circo começou suas entrevistas pela “etapa Bahia”, com os artistas circenses Pinduca, Pé de ferro, Dona Zeza, Chupeta, Cida, Fura-Fura, Baianinha, Dona Neide, Anselmo Serrat, Clovis Santos e Picolino. Nesta primeira etapa, aperitivos audiovisuais das entrevistas realizadas serão divulgados na web (YouTube / Facebook), para conhecimento do público em geral. Posteriormente também serão disponibilizados em uma flash page vinculada ao site: www.liviamattos.com.

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