Fernando Machado

Ó abre-alas que eu quero passar

Amaury do Recife, Izabel Bezerra e Mauricio Claudino Oliveira (Foto: Face)

E sexta-feira aconteceu nos salões da AABB, nos Aflitos, o XXVIII Baile do Bloco da Saudade. A noitada promovida pelo Bloco da Saudade leia-se a presidente Izabel Bezerra, levou cerca de duas mil pessoas para o Salão Capiba. E como sempre foi um sucesso. Lá quem reina é o frevo seja ele de rua ou canção. É uma festa, em nosso Estado, para quem tem sensibilidade e bom gosto musical.

O Maestro Duda regendo a sua Orquestra (Foto: Fernando Machado)

Claudia Porpino e Paulo Carvalho (Foto: Fernando Machado)

Tudo começou com o Coral e Orquestra de Paus e Cordas do Bloco, regido pelo Maestro Bozó, depois aconteceu à comemoração do aniversário do cantor e compositor Getúlio Cavalcanti. Foi muito emocionante ver e ouvir a Orquestra do Maestro Duda, que é um Patrimônio do nosso Carnaval. Remeteu-me as inesquecíveis prévias carnavalescas, dos anos dourados do Recife: Bal Masqué (Clube Internacional), Carnaval em Tecnicolor (Cabanga Iate Clube) e o Baile Municipal do Recife (no Clube Português do Recife).

Maestro Bozó, Kelly Rosa, Humberto Vieira e Adriana Bezerra (Foto: Fernando Machado)

Luiza de Castro e Diego Markman (Foto: Fernando Machado)

A Orquestra do Maestro Duda é formada por 23 músicos, coral de quatro vozes (Ledo Silva, Gisele, Philipe e Nathalia). Dois filhos e duas netas de Duda e Mida compõem também a Orquestra. O repertório que foi organizado por Mida, começou com o Hino do Batutas de São José (João Santiago), depois executou entre outros frevos Mrena Tropicana (Alceu Valença); Oh! Bela (Capiba); Último Regresso (Getúlio Cavalcanti); Evocação Nº 1 (Nelson Ferreira).

Luciana Moura e Elizabeth Arraes (Foto: Fernando Machado)

O compositor Getúlio Cavalcanti (Foto: Fernando Machado)

Às quatro da manhã quando terminou o baile os foliões saíram atrás do flabelo do Bloco da Saudade pela rua. Outro momento que nos levou aos antigos carnavais. Quantas saudades dos carnavais de antigamente. E não podia sair do clube sem cantar: “Laia laia laia laia laia laia / La laia laia la laia / Angústia, solidão / Um triste adeus em cada mão / Lá vai meu bloco vai / Só desse jeito é que ele sai / Na frente sigo eu levo um estandarte / De um amor do amor que se perdeu / No carnaval lá vai meu bloco / E lá vou eu também / É todo assim por isso quando eu passar / Batam palmas pra mim”.

Jonathan Fernando e Gabriela Cavalcanti (Foto: Fernando Machado)

Gostou ?
Compartilhe !