Fernando Machado

Marina, Carreras & Gonzaga

Uma noite histórica aquela de ontem no Chevrolet Hall quando subiu ao palco o tenor José Carreras, a soprano argentina Marina Silva e a Orquestra Sinfônica de Pernambuco, sob a regência do maestro David Gimenez, sobrinho de Carreras. O local não era o ideal, pois a acústica não estava lá essas coisas. O importante é que Carreras, do alto dos seus quase 65 anos, compeltará no 5 de dezembro, muito alinhado de smoking, arrasou.

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Marina Silva e José Carreras (Foto: Cortesia)

O espetáculo foi dividido, oficialmente, em duas partes com nove interseções musicais. Foi um duelo sensacional. Marina que foi mais aplaudida, principalmente quando interpretou Jurame, usou dois modelos. O primeiro verde e azul e na cintura uma espécie de cinto cravejado de pedras verdes. Depois veio impecável de Pink. No final Marina chorou de emoção.

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Marina Paiva, Miguel Henriques e Vanilde Nóbrega (Foto: Fernando Machado)

O tenor José Carreras abalou ao interpretar La Del Soto Del Parral. Aliás ele esteve notável em Lejana tierra mi, de Carlos Gardel; e no dueto com Marina cantando El Dúo de La Africana de Manuel Caballero. Não podemos de forma alguma esquecer a Orquestra que teve como diretor de produção Múcio Callou, esteve impecável ao executar Cavalleria Rusticana de Mascagni e La Boda de Luiz Alonso de Jeronimo Gimenez.

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Joezil Barros à côté Margarida

Todavia foi no terceiro ato, ou seja aqueles famosos vai e volta, que a dupla conquistou ainda mais a platéia. Marina e Carreiras cantaram Manhã de Carnaval de Luiz Bonfá, Aquarela do Brasil de Ary Barroso e finalizaram deslumbrando todos com Carmen de Bizet. Sim ele prestou uma homenagem a Luiz Gonzaga. Esse cronista somente pode testemunhar essa noite espetacular, graças a Diva Marina Paiva. Coisas do Recife, pequeno. s

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