Fernando Machado

A gafe com o Rei da Suécia

Ao invés de usar o tradicional uniforme de gala, a guarda que prestou honras militares ao rei Carl XVI Gustav da Suécia usou o mesmo dos serviços rotineiros. Sem dúvida uma grosseria e uma gafe diplomática, mas a culpa não pode ser atribuída aos cadetes que integravam a guarda ou ao comando da PMPE. A culpa foi do próprio governo, pois, segundo fontes da Polícia Militar, há mais de três anos que o comando da corporação tenta conseguir verba para comprar novos uniformes de gala, pois os existentes são do início do governo Jarbas Vasconcelos e estão velhos, mas a Secretaria de Defesa Social não libera a verba sob a alegação de que uniforme de gala não é prioridade.

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O Rei Carl XVI Gustav passando a tropa em revista, prestem atenção ao uniforme (Fotos: Roberto Pereira)

Quando se chamava Academia de Polícia Militar do Paudalho e era comandada pelo coronel e atual deputado Sebastião Rufino, os cadetes tinham dois uniformes. O tradicional azul marinho para desfiles e guardas de honra e um branco para bailes e outros eventos sociais. Hoje, com o insignificante nome de campus Mata Norte, a ex-Academia é levada a expor seus cadetes a um constrangimento desse tipo. Nesses casos não se aplica a regra segundo a qual quem não tem cão caça com gato, pois em cerimonial e diplomacia, se você não é cão, simplesmente não caça. É mais elegante e verdadeiro.

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Um membro da guarda de honra e no segundo plano o Rei Gustav e o governador Eduardo Campos

Na tentativa de disfarçar a grosseria, os responsáveis pela recepção colocaram cachecóis e luvas nos cadetes, providência que minimizou, mas não resolveu o problema. A solução é o governador Eduardo Campos determinar a compra urgente de novos uniformes de gala, pois se depender de alguns de seus auxiliares outras gafes imperdoáveis serão cometidas. Depois não digam que foi por falta de aviso.

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