Fernando Machado

Faltou Carmen Miranda na Banda de Ipanema

Os jovens cariocas curtem e como a Banda de Ipanema (Foto: Fernando Machado)

Passar o Carnaval no Rio de Janeiro e não seguir a Banda de Ipanema é um pecado carnal. E o blog seguiu para a sua concentração na Praça General Osório, em Ipanema. A saída foi da Rua Gomes Carneiro, seguiu pela Avenida Vieira Souto, pela Rua Joana Angélica e pela Rua Visconde Pirajá até alcançar novamente a General Osório. O percurso durou quatro horas em meio a muita irreverência e animação. A Banda foi criada em 13 de fevereiro de 1965 por Albino Pinheiro e a turma do Pasquim. Atualmente cuida da Banda o seu irmão, Claudio Pinheiro.

O delírio desta criatura foi sem igual (Foto: Fernando Machado)

A Banda de Ipanema homenageou este ano Pixinguinha, Antonio Callado, Chacrinha, Dalva de Oliveira, David Nasser e João Saldanha. Devido a morte de Pixinguinha, no Carnaval de 1973, quando a Banda já estava na Rua, os organizadores decidiram incluir no seu repertório Carinhoso. Gostaria de citar alguns dos seus padrinhos Lúcio Rangel, João de Barro, João Nogueira, Grande Otelo, Martinho da Vila, Nelson do Cavaquinho, Cartola, Clementina de Jesus, Eneida de Moraes, e Bibi Ferreira.

A dama de preto e sua matilha de dálmatas (Foto: Fernando Machado)

A Banda de Ipanema saiu sábado e terça-feira, sempre às 17h30. E este ano teve 90 mil seguidores. A primeira música apresentada foi Maria Sapatão de João Roberto Kelly, ai começou incendiar o público, depois se seguiram As Pastorinhas, As Jardineiras, Ó Abre Alas, e claro, Cidade Maravilhosa, levando o publico à loucura. Também pude ouvir Nêga do Cabelo Duro de David Nasser e Rubens Soares, Cassino do Chacrinha, Aquele Abraço, de Gilberto Gil, entre outras.

Atentem para o carro dessa figura (Foto: Fernando Machado)

Estava certo de encontrar travestis montado de Carmen Miranda, para minha tristeza, não surgiu nenhuma. Mas pintaram no pedaço alguns travecos, todavia senti muita falta das rasgadas de leques de Isabelita dos Patins, Jane de Castro, Eloina, Rogeria, Silvete Montilla e Suzy Wong. Estava pensando em Carmem Miranda quando surgiu uma mona a bordo de um carro todo vestido de folhagens. Que batizei de deusa amazônica. Também tinha uma segurando quatro caras de fantasiados de dálmatas.

O carro abre alas da Bande Ipanema (Foto: Fernando Machado)

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