Foi no antigo prédio da Faculdade de Direito onde nasceu e floresceu o movimento intelectual poético, crítico, filosófico, sociológico, folclórico e jurídico conhecido como a Escola do Recife, entre os anos de 1860 e 1880 e cujo líder era o sergipano Tobias Barreto. A instituição nasceu da transferência da Faculdade de Direito do Olinda, fundada em 11 de agosto de 1827, em Olinda. A transferência do curso para a capital da província de Pernambujco ocorreu em 1854. A mudança da cidade-sede também provocou a conseqüente mudança de denominação.
Bruno Bisson entre o prefeito Elias Gomes e Ana Karla Gomes (Foto: Fernando Machado)
O reitor da UFPE Anísio Brasileiro e Socorro (Foto: Fernando Machado)
A atual prédio da Faculdade de Direito do Recife foi inaugurada no 11 de dezembro de 1922. Ele foi construído por José de Almeida Pernambuco, ocupa uma área de 3.600 m², no centro de uma área ajardinada; seu projeto arquitetônico que passa pelo eclético, pela arquitetura de ferro até alcançar o estilo neoclássico, é de autoria do arquiteto francês Gustave Varin. A instituição viveu tempos gloriosos sob a influência de Tobias Barreto, Joaquim Nabuco e Castro Alves.
Bruno Bisson, a vice-cônsul Eliane Salenbier e e o secretario Julien Guichard (Foto: Fernando Machado)
Alexandre Ledieu à côté Cláudia Maciel (Foto: Fernando Machado)
Entre tantos notáveis que passaram pela Faculdade de Direito do Recife lembramos Agamenon Magalhães, Ariano Suassuna, Assis Chateaubriand, Augusto dos Anjos, Capiba, Clóvis Beviláquia, Djaci Falcão, Epitácio Pessoa, Estácio Coimbra, Rosa e Silva, Hilton Sette, João Pessoa, José Lins do Rego, José Mariano, Maciel Pinheiro, Mauro Mota, Miguel Arraes, Nilo Pereira, Osório Borba, Paulo Freire, Ruy Barbosa, Sergio Loreto, Silvio Romero, Valdemar de Oliveira.
Fernanda França, Rodrigo Luna e o parte do Coral (Foto: Fernando Machado)
O Coral do Colégio de Aplicação da UFPE (Foto: Fernando Machado)
Pois bem foi neste histórico complexo de cultura e intelectualidade que o cônsul geral da França, Bruno Bisson resolveu comemorar a Data Nacional do seu pais. Aliás, acho que foi a primeira vez que acontece um evento consular na Faculdade de Direito. O mestre de cerimônia foi Alexandre Ledieu, que convidou o Coral do Colégio de Aplicação da UFPE, sob a regência da professora de francês Fernanda França, para cantar os hinos da França e do Brasil. E na sequencia falou monsieur Bisson, nos levou por tour pela história da França. Lembrou o lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. Homenageou as mulheres do seu país por meio de Marianne, que é o símbolo do culto da “mãe da pátria”.
Emmanuelle Picard, Betania Correa de Araujo e Guillaume Ernst (Foto: Fernando Machado)
O cônsul da Argentina Jaime Beserman, Bruno Bisson e Patricia Beserman (Foto: Fernando Machado)
Chegou ao Rio de Janeiro, depois São Luis e enfim o Recife “alguns aventureiros franceses pensaram instalar sua base no Recife no momento da revolução pernambucana com o objetivo, utópico, de ir libertar o imperador Napoleão I então em exílio na Ilha de Santa Helena”. E prosseguiu: “Vauthier planificou o aprovisionamento em água potável, realizou trabalhos de engenharia sanitária como os entulhos das zonas alagadiças e cobertas de mangue, mais também a construção de estradas, de edifícios públicos, como a casa do Presidente da província e o Teatro de Santa Isabel”.
Os cônsules dos Estados Unidos Richard Reiter e Paloma Gonzalez (Foto: Fernando Machado)
Os diplomatas Li Feigue, Katy Marziali, Angelo Bicciré e Gareth Moore (Foto: Fernando Machado)
Não deixou de lembrar “Gustave Varin, que criou as plantas desta faculdade, dos edifícios e dos jardins à francesa, Emile Beringuer, o escultor Félix Charpentier, e mesmo um de meus predecessores dos anos 50, Marcel Morin, cuja uma lei municipal de 1995 deu o nome a uma praça do Recife”. E terminou homenageando sua equipe do consulado, pedindo aplausos para “Conceição, Monica, Sylvie e Julien que estarão nos deixando muito em breve”.
Eliane Salenbier, Emmanuelle Picard e Stéphanie Peisson do consulado da França (Foto: Fernando Machado)
Chef Jeff Colas, a secretária Roseana Amorim e Fernando Mendonça (Foto: Fernando Machado)
Também tivemos uma demonstração de esgrima comandada pelo mestre Daniel Lourenço Gonçalves (ele abriu a primeira academia de esgrima no Recife: a Academia Pernambucana de Esgrima. E finalmente os convidados puderam degustar o coquetel grifado pela Cannelés Massé de Prazeres e Philippe Massé e constou de espetinho de frios (tomate, azeitona, salaminho, pepino japonês e manjericão), tartare de salmão ao molho pesto, torrada de Tapenada de azeitona, petit Verrine de guacamole e confit de tomate com manjericão, mini quiche lorraine, verrine de créme de camarão, verrine de ratatouille e torrada especial.
Os chefs Philippe e Prazeres Massé (Foto: Fernando Machado)
Os esgrimistas Marta Almeida, Daniel Gonçalves, Arthur Magalhães e Núbia Regina da Silva (Foto: Fernando Machado)
Ainda mini quiche com três queijos, mini croque Monsieur, macaron salé (coque de macaron com creme de cebolinha), mini iscas de filé ao molho francês com batatas ao murro, camarão ao molho coco e farofa especial, mini chocolate e amêndoas, mini Eclair de chocolate e mini salada de fruta. Um destaque ficou para uma mesa decorada com uma torre de macarons e mini canelés. E depois disso o que o blog poderia escrever, apenas Et Vive La France!