Fernando Machado

Chacrinha renasce no Siri na Lata

Jarbas Vasconcelos com os filhos Jarbinhas, Andrea e Adriana (Foto: Fernando Machado)

Antônio Lavareda e Terezinha Nunes (Foto: Fernando Machado)

Sexta-feira o Clube Português virou literalmente no Cassino do Chacrinha e arrebentou. Graças ao 41º Baile do Siri na Lata que resolveu, e acertou em cheio, homenagear Chacrinha (1917/1987) que no próximo dia 30 de setembro faria 100 anos. A decoração, de Marcus Rodrigues, estava deslumbrante, colorida, tendo como contraponto muitas bolas. Meia noite, o baile propriamente, começou quando Almir Rouche subiu ao palco ao lado de oito chacretes. As outras atrações foram Maestro Forró, Otto e Fafá de Belém.

Augustus e Mirella Freitas, Lucia e João Wanderley (Foto: Fernando Machado)

Carlos Augusto Costa à côté Juliana (Foto: Fernando Machado)

O publico foi à loucura, quando Almir by Chacrinha cantou o tema da abertura do Cassino do Chacrinha. E salão lotado todos gritando como se fosse a ultima vez de suas vidas: “Abelardo Barbosa / Está com tudo e não está prosa / Menino levado da breca / Chacrinha faz chacrinha / Na buzina e discoteca / Ó Terezinha, ó Terezinha / é um barato o cassino do Chacrinha / Ó Terezinha, ó Terezinha / é um barato o cassino do Chacrinha”.

Domingos e Vanessa Salazar (Foto: Fernando Machado)

Paulo Braz entre as musas Fabiana Melo e Lais Vieira (Foto: Fernando Machado)

Depois ele cantou a musica do Siri compota por Carlos Fernando (1938/2013), “Cuidado menina não deixa fugir / O siri da lata / Quero ver quem aguenta o rojão / Neste chão, neste sol / Neste frevo até quarta / Não é de ouro / Não é de prata mas vale um milhão a sua pata / Assegura a imprensa e toda a moçada /Do siri na lata / Por isso olho na tampa, na brecha da lata / Na flecha do índio, na ação do pirata / Se o danado fugir / Vai chorar a mulata / Não tem mais / carnaval.”

As musas Henriqueta de Belli, Fabiana Melo e Lais Vieira (Foto: Fernando Machado)

As diabinhas Jô Silva e Juliana Oliveira (Foto: Fernando Machado)

O Siri na Lata nasceu nas ladeiras de Olinda em 1976, criado pelo jornalista Homero Fonseca, que não vai mais ao baile. Sempre foi um bloco de jornalistas, que é como um siri numa lata: faz barulho critica, denuncia e protesta. O seu nome completo era Bloco Anárquico Armorial Siri na Lata. Anarquia era a marca do grupo. Nunca teve sede, sócios nem diretoria. As brincadeiras e críticas espirituosas é que faziam a diversão dos sirinianos.

Maria Fernanda Valença e Victor Mendes (Foto: Fernando Machado)

Ricardo Carvalho e David Hullak (Foto: Fernando Machado)

E no domingo de Carnaval, todo mundo se reunia num bar à beira-mar de Olinda conhecido como Maconhão para depois subir a ladeira. O primeiro baile aconteceu no Clube Batutas de São José, na seqüência no Clube Atlântico de Olinda, na Torre Malakoff, no Cais da Alfândega, no Clube Líbano e agora está no Clube Português. E para marcar mais o Cassino do Siri, três musas a trans Fabiana Melo, a promotora de justiça Henriqueta de Belli e a deus de ébano Lais Vieira, também subiram ao palco e arrasaram.

Rita de Cássia e Hernenn Dantas (Foto: Fernando Machado)

Adriana e Roberto Borba (Foto: Fernando Machado)

Almir Rouche interpretou várias marchinhas de carnavais passados como “O teu cabelo não nega, mulata / Porque és mulata na cor / Mas como a cor não pega, mulata / Mulata, eu quero o teu amor / O teu cabelo não nega, mulata / Porque és mulata na cor / Mas como a cor não pega, mulata / Mulata, eu quero o teu amor”, dos Irmãos Valença. E assim: “Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô / Mas que calor, ô ô ô ô ô  ô / Atravessamos o deserto do Saara / O sol estava quente / Queimou a nossa cara / Viemos do Egito / E muitas vezes / Nós tivemos que rezar / Allah! allah! allah, meu bom allah!”

Sandra Paixão e o filho Raian, com Camila Rosala e Renan Alves (Foto: Fernando Machado)

Silvio Meira e Katia Betmann (Foto: Fernando Machado)

Quero parabenizar os produtores Ricardo Carvalho e Paulo Braz por valorizar o frevo e as marchinhas cariocas. Parecia que estava nos bailes municipais dos anos oitenta quando ouvi Mamãe, eu quero, mamãe, eu quero / Mamãe, eu quero mamar / Dá a chupeta, dá a chupeta / Dá a chupeta pro bebê não chorar”, e na seqüência: “O jardineira por que estas tão triste / Mas o que foi que te aconteceu / Foi a Camélia que caiu do galho / Deu dois suspiros e depois morreu / Foi  a Camélia que caiu do galho / Deu dois suspiros e depois morreu”.

Simone e Ronan Drumond  (Foto: Fernando Machado)

Virginia e Silvio Neves Baptista Filho, Claudia e Mauro Alencar (Foto: Fernando Machado)

Gostou ?
Compartilhe !