Fernando Machado

A nudez que não foi castigada

As duas noites do espetáculo foram com lotações esgotadas. Estamos nos referindo ao Amour, Acide et Noix, da Companhia de Dança Canadense Daniel Léveillé Danse. O publico lotou o Teatro de Santa Isabel foi simplesmente por conta de que os bailarinos Esther Gaudette, Emmanuel Proulx, Mathieu Campeau e Justin Gionet flutuam no palco vestidos de nada.

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Emmanuel Proulx e Justin Gionet nessa beleza de pax de deux (Fotos: John Morstad)

Os corpos giram com muito bem o que muitas vezes a gente pensa que eles perderam o equilíbrio. O visual plástico é fantástico por conta dos corpos esculturais que voam de um lado para outro. Algumas vezes se torna monótono. No pax de deux os músculos parecem dançar também.

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Esther, Emmanuel, Justin e Mathieu em tempo de saida

Para o diretor e coreografo Daniel Léveille o espetáculo remete à solidão. Eu prefiro vê-lo como uma luta de ternura onde os quatro artistas buscam incessantemente mostrar que a pele é o verdadeiro vestido do corpo. Nem mesmo as genitálias masculinas, balançando para lá um lado e para outro, foram motivos para alguns expectadores não tirar um cochilo.

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Parece um momento de oração à nudez

As piruetas do Amour, Acide et Noix tem como trilha sonora As Quatro Estações de Vivaldi. Algumas vezes falta musica e em outras surge via rock da pesada. Cenário não existe apenas uma iluminação que nos transportam para os sonhos eróticos.

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