Fernando Machado

A noite de Gloria Kalil

O ambiente tinha tudo a ver com o bate papo que a consultora de moda Gloria Kalil promoveu no templo dos chiques e famosos do Recife: Dona Santa/Santo Homem. O local estava lotado de famosinhas e famosonas, afinal de contas era o ícone do mundo fashion que iria povoar de sugestões naquelas cabeças algumas coroadas e outras não. Primeiro surgiu, deslumbrante num modelo preto de Talie (UK) e sapatos também pretos by Gucci, Juliana Santos para apresentar a palestrante.

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A toda poderosa Glória Kalil (Foto: Carol Prestello/Leia Moda)

Então entrou triunfalmente Gloria Kalil muito bem num modelo preto by Huis Clos ficando posicionada num tablado diante de uma vitrine onde repousavam peças de Andrea Marques, Tuffi Duek, Carina Duek, Hugo Boss e Ermenegildo Zegna, bolsas Chloé e um arranjo de folhagens verdes de Carol Sá Leitão. Seu speech foi de apenas meia hora e + 20 minutos de perguntas e respostas. Para quem nunca a ouviu deve ter adorado, mas quem já ouviu notou o repeteco.

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A diva da nouvelle vague Juliana Santos e o cerimonialista Henrique Barbosa (Foto: Fernando Machado)

Deu puxão de orelhas nas mulheres que usam modelos que não combinam com sua personalidade. Explicou que não há uma só maneira de estar na moda, que apesar de domocrática, não significa que vale tudo. Disse com todas as letras que a idade é fundamental. Eu acho o que Gloria Kalil falou entrou num ouvido e saiu pelo outro. Ninguém da noite para o dia vai mudar.

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Um casal très chic Daniele Mendonça e Roberto Maia (Foto: Fernando Machado)

Lembrou dois ícones: a diva Jaqueline Kennedy e Madonna, cada uma na sua tribo, claro. Foi dura com a imprensa, pois acha difícil encontrar um jornalista que escreve bem, “não sabem português”. Logo que terminou o bate papo Glória saiu pelas laterais e ninguém mais a viu. A frustração tomou conta do ambiente. Soube que ela teve uma conversa particular com três colunistas sociais. Coisas do Nordeste….

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A diva da coluna Marina Paiva ao lado da neta Maria Eduarda e da filha Nanie (Foto: Fernando Machado)

Um amigo que já trabalhou com Glória tinha me dito que ela era uma pessoa muito simples. Liguei para ele em Brasília para dizer que o sucesso muda qualquer uma pessoa. É preciso ter muita personalidade para pisar sobre a fama. Eu senti um cheiro de estrelismo ou poderia ser cansaço. Na platéia todas as tribos. Mulheres lindas, elegantes, chatas, esnobes e cafonas. Porque meus amores, quem pensar é somente nos excluídos que perpetuam o kitsch, estão redondamente enganados. Sem Glória muita gente se mandou mas quem ficou ouviu a banda Up Town Dance.

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