Fernando Machado

A dor de uma saudade

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Renata quando era cumprimentada por Paulo Souto, da Bahia (Foto: Valter Pontes)

“A dor de uma saudade / Vive sempre em meu coração / Ao relembrar alguém que partiu / Deixando a recordação, nunca mais  / Hão de voltar os tempos/ Felizes que passei, em outros carnavais / Cantar! Oh, cantar! / Com expressão de uma emoção / Que nasce d’alma e vem dizer ao coração / Que a vida é uma canção”. Comecei com esta musica de Edgard Moraes esta matéria que não gostaria de escrever nunca. Todavia não podemos ser tão fracos. Temos, sim, o de ter emoção, mas temos que nunca deixar a fragilidade bater em nosso corpo.

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Leila Queiroz, Dilma Rousseff e João Lyra Neto (Foto: Paulo Sérgio Sales)

A missa de corpo presente, realizada diante do Palácio do Canmpo das Princesas, para Eduardo Campos, Alexandre Severo, Carlos Percol e Marcelo de Oliveira Lira, presidida pelo arcebispo Dom Fernando Saburido e concelebrada pelo arcebispo de João Pessoa, Dom Aldo Pagotto e o bispo de Salgueiro, Dom Magnus Henrique, para citar apenas estes, foi linda, e emocionante. A homilia de Dom Fernando foi recheada de fé, esperança e caridade.

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Dom Fernando Saburido aspergindo água benta no caixão (Foto: Paulo Sérgio Sales)

Muitos foram reverenciar o grande estadista pernambucano. Além de políticos de várias tribos, o povão, esse sim é que deu o tom ao cenário. Vibrei ao ver torcedores do Santa Cruz levando seu acolhimento e sem mágoas, pois nos 100 anos do Santinha, o Governo do Estado não mandou uma mensagem de felicitações. A emoção cresceu mais ainda quando vi sobre o caixão do fotografo Alexandre Severo a bandeira do time de Dom Helder Câmara, claro, o Santa Cruz.

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ACM Neto, Aécio Neves e Paulo Souto chegando ao velório (Foto: Valter Pontes)

Estendo um tapete branco para Ana Lucia ArraesRenata Campos e seus filhos Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, unidos, fortes e acima de tudo guerreiros. Renata confesso minha covardia, não tive coragem de ir dá meus pêsames, sou chorão e o meu coração não permite essa dosagem de dor. Perdão!. Preferi Renata ficar em casa e rezar por todo vocês, e claro por Alexandre, Percol e Marcelo.

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A dor do filho João Henrique (Foto: Paulo Sérgio Sales)

Outro momento sem igual foi quando a diva do nosso teatro, Geninha Rosa Borges, do alto dos seus 92 anos declamou a poesia de Cecilia Meirelles, Último Andar. Geninha você arrasou. Imagine as famílias como não ficaram ao ouvir: “Cubra-me com seu manto de amor / Guarda-me na paz desse olhar / Cura-me as feridas e a dor me faz suportar / Que as pedras do meu caminho / Meus pés suportem pisar / Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar / Nossa Senhora, me dê a mão / Cuida do meu coração / Da minha vida, do meu destino”.]

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Alexandre Severo teve seu caixão  coberto com as bandeiras de Pernambuco e Santa Cruz (Foto: Cortesia)

E quando pensei nas famílias enlutadas cantei: “Com minha mãe estarei na santa glória um dia / Ao lado de Maria / no céu triunfarei / No céu, no céu com minha mãe estarei / No céu, no céu / com minha mãe estarei / Com minha mãe estarei / aos anjos se ajuntando / Do onipotente ao mando / hosanas lhe darei. O coral começou a cantar foi lindo demais”. E termino com  “Se as águas do mar da vida / Quiserem te afogar / Segura na mão de Deus e vai / Se as tristezas desta vida / Quiserem te sufocar / Segura na mão de Deus e vai”.

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Cristina de Mello, Lu e José Alkmin (Foto: Paulo Sérgio Sales)

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