Fernando Machado

A Consagradora noite de MM

Ângelo Castelo Branco e João Mauricio Maciel (Foto: Fernando Machado)

O barão João José Rodrigues Mendes (1827/1893), adquiriu, em 1863, o Sitio da Jaqueira, em Ponte Uchoa, da viúva do Barão de Casa Forte, Dona Maria Francisca Marques de Amorim, fez uma reforma no casarão. E como todo comerciante português bem sucedido, fez uma repaginação que deixou a sociedade da época deslumbrada. É bom frisar que a Ponte Uchoa era o mais aristocrático dos subúrbios recifenses.

Anna Maria Maciel e Margarida Cantarelli (Foto: Fernando Machado)

As paredes do casarão foram revestidas de azulejos vindos de Portugal, talvez de sua terra natal Braga. No piso foram colocados retângulos de mosaico inglês, e o teto ganhou lustres de Bacarat. O mobiliário de carvalho veio todo da Áustria e essa tarefa, de embelezar o palacete no estilo neoclássico, coube ao artista plástico francês que vivia perambulando pelas ruas do Recife, Eugene Lassailly.

Desembargadores Eurico Correia e Edina, Leopoldo Raposo e Ismênia Pires (Foto: Fernando Machado)

Com a morte de sua esposa, dona Eugenia, dia 8 de setembro de 1878, o Barão que tinha construído nos arredores do sitio um torreão se transferiu lá. O palacete cedeu para sua filha Joana, que era casada com o medico Malaquias Antonio Gonçalves. Até 1966 aquele complexo pertencia aos herdeiros do Barão, quando foi desapropriado pelo governador Paulo Guerra.

Julio Correia e Marinanda Carvalho (Foto: Fernando Machado)

Pois é, no dia 26 de janeiro de 1901, um grupo de intelectuais, à frente Carneiro Vilela, fundou a Academia Pernambucana de Letras, com 20 cadeiras, atualmente tem 40, numa das dependências do Instituto Arqueólogo, Histórico e Geográfico Pernambucano, na Praça Joaquim Nabuco. Depois o IAHGP foi transferido para a Rua do Hospício, e com ele a Academia.

Marly Mota, entre os filhos Sérgio e Eduardo (Foto: Fernando Machado)

E finalmente em dezembro de 1966 a Academia Pernambucana de Letras aterrissou na Avenida Rui Barbosa. Pois bem, foi nesse set rico de história, que o jornalista e biográfico Ângelo Castelo Branco, by Ricardo Almeida, promoveu sua noite de autógrafos para o livro Marco Maciel, Um Artífice do Entendimento. O prefácio é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De quem ele foi seu vice.

Anna Maria Maciel entre Gisela e João Mauricio (Foto: Fernando Machado)

Para quem não sabe, Ângelo foi Secretário de Imprensa de MM. É bom lembrar que Marco Maciel ocupa a cadeira nº 22 da Academia Pernambucana de Letras, desde o dia 27 de julho de 1992. Sem dúvida alguma foi uma noite consagradora para o ex-governador de Pernambuco, que não pôde vir devido a problemas de saúde, mas vieram sua esposa, Anna Maria, os filhos João Mauricio e Gisela.

Ana Amélia e Eduardo Lemos Filho (Foto: Fernando Machado)

Primeiro tivemos no Auditório Mauro Mota, uma sessão solene, tendo como mestre de cerimônia Kiryl Muniz, que convidou para compor a mesa a presidente da APL, Margarida Cantarelli, o presidente do TJPE, desembargador Leopoldo Raposo, a esposa do homenageado Anna Maria Maciel, o diretor presidente da Cepe Ricardo Leitão e Ângelo Castelo Branco.

Geralda Farias diante da filodendro Burle Marx que ela doou para a APL (Foto: Fernando Machado)

O que mais se ouvia na prestigiadíssima cerimônia era que Marco Maciel foi exemplo de político honesto, competente e agregador. Tão diferente dos políticos atuais. Depois eu conto. Tivemos as falas de Margarida Cantarelli, do vereador André Régis, da deputada Priscila Krause, de Anna Maria Maciel, e de Ângelo Castelo Branco. Coube a Ricardo Leitão ler uma carta que o governador Paulo Câmara enviou para MM.

Jorge Branco e Priscila Krause com os filhos Matheus e Helena (Foto: Fernando Machado)

Na seqüência Ângelo Castelo Branco seguiu para o hall de entrada da biblioteca para os autógrafos. Não posso confirmar, todavia cerca de 300 livros foram vendidos. Paralelamente foi servido um coquetel de fazer inveja ao deus da gastronomia Apicius (25 a.C/ 37 d.C) da Brie leia-se Carol Bettini, nos jardins da Casa Carneiro Vilela, que é cercado de árvores centenárias (pau-brasil, macaíbas, aroeiras, mangueira, azeitonas, jambos, cajus e pitangas).

Ricardo Guerra e Leny Amorim Malheiros (Foto: Fernando Machado)

No cardápio tinha losango de Gorgonzola com pêra ao vinho tinto, coquinho de salmão defumado, quadradinho crocante de frango ao curry, casquinha com brandade de bacalhau e tapenade de azeitonas (estava de se comer rezando para os Santos Anjos da Guarda), canapé de creme de queijo aos três pimentões em redução agridoce e batatinha baby com creme cheese e crisp de bacon.

A chef Carol Bettini (Foto: Fernando Machado)

Gostou ?
Compartilhe !