Fernando Machado

A Cia dos Croissants de Índio

O Recife possui um lugar para os franceses ficarem com água na boca. Refiro-me a Companhia do Croissant, de Severino Ramos de Mendonça, mas conhecido como Índio. Seus croissants são de se comerem rezando. Tem duas unidades: uma em Setubal e outra em Casa Forte. Indio nasceu em Chã Grande, com 17 anos veio tentar a vida no Recife. É casado Márcia e tem três filhos: Bruno, Gustavo e Laura. Seu primeiro emprego foi num “catering” (serviço de fornecimento de refeições coletivas), onde se preparavam as comidas para os passageiros de aviões. Trabalhou na Transbrasil, na Vasp, e por fim a Air France onde era responsável pelo o serviço de bordo embarcado no Recife.

O patissier Índio mostrando sua produção (Foto: Divulgação)

Como tinha sempre problemas para entender o que os comissários, o então o diretor da Air France, Francisco Rosário aconselhou para estudar francês e lembrou “num futuro concurso você poderia fazer parte dos quadros da Air France”. Índio respondeu que não podia pagar e Francisco Rosário não perdeu tempo, “A companhia aérea bancaria 60% do curso na Aliança Francesa”. Indio não vacilou “comecei a estudar e depois de 1 ano já estava falando francês. Foi quando a Air France abriu um concurso eu me escrevi, fui aprovado e passei a fazer parte do grupo”.

Um prato de croissants (Foto: Divulgação)

Uma vez na empresa ele continuou trabalhando com comida porque já fazia isso pelo Catering, logo teve o orgulho de fazer cursos em Paris nas cozinhas da Air France. Na época não trabalhava só com pães e sim com todas as comidas quentes e frias. Com o fechamento da Air France no Recife “não quis continuar na empresa e abriu um comércio em Gravatá. Quebrei e voltai a bater na porta do aeroporto, fui contratado mais o salário já não era nem de longe o mesmo, foi aí que resolvi voltar à França para fazer um estágio de pães finos”.

A entrada da Cia do Croissant (Foto: Divulgação)

Quando Índio retornou da França começou a testar seus conhecimentos gastronômicos que tinha aprendido na terra de Brigitte Bardot e seu mundo nos negócios mudou. “Foi aí que tudo começou! Atualmente temos dois cafés um em Setúbal na Rua Camboim, 421 (terminal de ônibus) e a outra dentro do Big Bompreço de Casa Forte. Sem esquecer uma pequena fábrica de croissants onde atendemos para cafés, padarias, hotéis e pessoas físicas”.

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