Fernando Machado

Santa Dulce dos Pobres II

O seminarista Davi Melo escreveu sobre a Santa Dulce dos Pobres: “Hoje, 13 de outubro, o Papa Francisco canonizou a primeira santa genuinamente brasileira, a Ir. Dulce, conhecida como o Anjo bom da Bahia, ou, simplesmente, Dulce dos pobres. Desde pequena, apesar das dificuldades na infância, – como, por exemplo, a perda de sua mãe quando tinha 7 anos de idade – sempre tivera uma sensibilidade com os mais necessitados. Era mais do que um mero assistencialismo. Via neles o próprio Cristo que dissera “Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber… tive doente e fostes me visitar”. Acolhia muitos doentes e famintos em sua residência.

Merecidamente Irmã Dulce virou Santa (Foto: Divulgação)

Essa preocupação com os demais despertou nela a vocação à vida religiosa, entrando no convento aos 18 anos. Cada santo tem a sua peculiaridade. Mas podemos dizer que a Ir. Dulce foi uma espécie de Madre Tereza brasileira. As suas obras foram reconhecidas, ainda em vida, por toda a Bahia. O hospital criado, que nasceu desse cuidado com os mais necessitados, atende hoje atualmente mais de 4 milhões de pessoas anualmente.”Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós aceitaremos. – dizia a Ir. Dulce – Esta é a última porta e por isso eu não posso fechá-la”. Por duas vezes estivera com o Papa João Paulo II. Quem diria que os dois estariam nos altares? Os planos de Deus são insondáveis… Morreu como viveu: santamente. A fama de santidade acelerou o processo, sendo a terceira santa mais rápida a ser canonizada na história recente da Igreja.

O seminarista Davi Melo (Foto: Face)

Na Bahia, foi convocada uma semana oficial de ação de graças para festejar o seu Anjo Bom. Personalidades e cantores baianos foram a Roma para participar do evento. Outras, como Ivete Sangalo, gravaram músicas em homenagem à santa baiana. Em tempos de demagogia e polarização política, a Santa Dulce dos pobres ensina-nos que o verdadeiro amor aos mais necessitados é profundamente evangélico e não um palco para promoção eleitoral. Santa Dulce, rogai por nós!”

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