Fernando Machado

O drama de Anita Ekberg

Em Roma a voluptuosa estrela de cinema Sylvia caminha no meio da madrugada e descobre a Fontana di Trevi e como num batismo pagão, a diva loura entra nas águas e convida o jornalista Marcelo (Marcello Mastroianni (1924-1996). Com esta cena a atriz sueca Anita Ekberg entrou para a história do cinema em A Doce Vida (1960), obra-prima do cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993).

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A fosforescente Anita Ekberg (Fotos: Divulgação)

Hoje, de cadeira de rodas, devido a uma fratura do fêmur provocada por uma queda, vivendo num asilo de idosos próximo de Roma, para onde se mudou depois que sua casa ter sido incendiada por ladrões, Anita vive só de sonhos, pobre, pediu ajuda à Fundação Fellini. No dia 29 de setembro, Kerstin Anita Marianne Ekberg ou Anita Ekberg completou 80 anos.

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A Miss Suécia de 1951, Anita Ekberg

Anita começou a trabalhar como modelo para revistas de moda na adolescência e, em 1950, com o incentivo da mãe, participou e venceu o concurso de sua terra natal Malmö. Como Miss Malmö foi eleita Miss Suécia de 1951. Seguiu até os Estados Unidos tentar a vida em Hollywood. Mas a fama veio mesmo quando foi convidada por Fellini para a Doce Vita.

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Na famosa cena de La Dolce Vita

Foi casada com o ator britânico Anthony Steel (1956-1959) e com Rik Van Nutter (1963-1976). Teve um romance com o milionário italiano Gianni Agnelli, dono da Fiat, com quem viveu três anos, mesmo ele sendo casado com a Condessa Marella Agnelli. Pobre, sem filhos, na comemoração dos 80 anos, em setembro, a atriz admitiu ao jornal Corriere de la Sera que se sentia um pouco sozinha.

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Anita Ekberg agora convive com a solidão e a pobreza

A melhor definição de Anita Ekberg foi dada por Federico Fellini quando filmava A Doce Vida, “quando vi no jardim do Hotel de Ville, aquela mulher avançar em direção a mim, seguida por três ou quatro homens, fiquei extasiado. Anita Ekberg é, além de tudo, fosforescente”. (Texto do jornalista Rogério Almeida)

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