Fernando Machado

O batismo de Maria Eduarda

A Igreja da Madre Deus com seu estilo Maneirista datada 1720, cujo altar-mor é deslumbrante todo recheado de talhas barrocas do século XVIII, é a mais antiga do Recife. Quando a Igreja do Corpo Santo, a primeira instalada no Recife Antigo, foi demolida, em 1913, todo seu acervo de imagens foi transferido para a Madre Deus. Pois bem, nesse cenário deslumbrante que sábado pela manhã, foi realizado o batismo de Maria Eduarda, que usou um vestido da figurinista Amanda Barcala, filha de Ana Luisa Wanderley e Breno Vieira.

Frei França erguendo Maria Eduarda e Frei França dando a abenção para Clovis, Ana Carolina, Ana Luisa, Maria Eduarda e Breno (Foto: Divulgação)

A cerimônia foi presidida pelo Frei Luiz de França Fernandes que emocionou a todos pela sua erudição religiosa. Diante da imagem de Nossa Senhora Madre Deus, que repousa no retabulo do altar mor, Frei França falou sobre o significado do nascimento de São João, via a fogueira e lembrou que São Nicodemos defendeu Jesus Cristo no Sinédrio e sepultou-o. Depois Frei França com uma estola linda from Santuário de Fátima, de Portugal, convidou os pais de Maria Eduarda, assim os padrinhos Clovis Wanderley Neto e Ana Carolina Wanderley para a liturgia batismal.

Sheila Wanderley e a neta Maria Eduarda rindo à toa (Foto: Divulgação)

Na sequencia em procissão todos foram até a pia batismo, localizada na frente da Matriz, para a cerimônia da efusão. Frei França seguiu na frente dos padrinhos, segurando à vela, dos pais, da avó materna Sheila Wanderley e dos avôs paternos José e Sandra Vieira, até o local onde seria realizado o sacramento que abre as portas da vida cristã para a criança, incorporando-a a comunidade Católica, ao grande Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja em si. O batismo significa imergir “na morte de Cristo e ressurgir com Ele como nova criatura”.

Maria Eduarda  em tempo de efusão, Fei França com Ana Luiza, Maria Eduarda e Breno (Foto: Divulgação)

Depois ainda em procissão todos retornaram pela nave central para o altar mor onde aconteceu a benção final. Frei França ergueu Maria Luiza para ao alto e ao entrega-la para os pais cantou, que voz bonita ele tem: “Oh, Minha Senhora e também minha mãe / Eu me ofereço inteiramente, todo a vós / E em prova da minha devoção, eu hoje vos dou meu coração / Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca / Tudo o que sou, desejo que a vós pertença / Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me / Como filha e propriedade vossa, Amém”.

Sheila Wanderley ao lado das filhas Ana Carolina e Ana Luiza e das netas Maria Eduarda e Alice (Foto: Divulgação)

Ao final do sacramento do batismo Sheila Wanderley movimentou um almoço, de se comer rezando para Nossa Senhora Madre Deus. Foi um festival de massas. Para sobremesas, doce de goiaba, uvinha recheadas, os doces foram de Simone Barros, os bem casados de Dona Wilde e o bolo de Lucia Cascão.  É bom lembrar que estava apenas a família Wanderley, Vieira e Sobral. E claro que este cronista, afinal de contas sou amigo de Sheila há muito tempo.

 

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