Fernando Machado

Na Fenearte não existe crise

Apesar do toró que caiu, ontem, sobre o Recife, o Centro de Convenções de Pernambuco, recebeu um bom público para a abertura da XVI Fenearte. O governador Paulo Câmara, à coté a primeira dama Ana Luiza, e a filha Clara, deu o pontapé inicial no evento, considerado ​o mais ​importante elemento estruturador da cadeia produtiva do artesanato. ​Este ano a Fenearte homenageia o poeta popular Lourival Batista (Louro do Pajeú) e o artesão Manoel Borges da Silva (Mestre Nuca de Tracunhaém).

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Ana Luíza Câmara, José Veríssimo, Paulo Câmara e a filha Clara (Foto: Dani Nader)

Com investimento de R$ 5,5 milhões, a coordenação acredita que a movimentação financeira seja em torno de R$ 40 milhões. Para ela a crise que assola o Brasil, não vai atingir a feira, considerada a maior do segmento na América Latina. Mais de 5 mil expositores, entre artesãos de Pernambuco, do Brasil e uma participação recorde de 51 países dividem cerca de 800 espaços, numa área de 29 mil m², no pavilhão do espaço. Na abertura, 12 caboclinhos de lança e a quadrilha de perna de pau da Escola Pernambucana de Circo, deram boas vindas ao público.

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Maria Eduarda e Renata Campos com Geraldo Julio de Mello Filho e Cristina (Foto: Dani Nader)

O bloco de frevo Andaluza encheu os corredores de som e muita animação. No palco, a lírica do sertão conquistou a plateia com apresentação dos cantadores do Pajeú, Luciano Leonel e João Lídio. O grupo Em Canto e Poesia, formado a partir da junção das rimas de Antônio Marinho e do violão de Greg Marinho, netos do homenageado Lourival Batista, encantou a todos. Já o palco infantil, localizado no mezanino, recebeu os mamulengos Ventania e Mamusebá, ambos de Caruaru.

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O Mestre Bitinho ao lado de suas belas obras (Foto: Dani Nader)

Na ocasião tivemos o momento de premiação para os artesãos que tiveram suas obras escolhidas por meio de curadoria na Galeria de Reciclados e do Salão de Arte Popular Ana Holanda. Ao todo foram entregues R$ 30 mil aos três premiados. No primeiro lugar ficou a Colheita de Coco do artista Roberto Vital de Igarassu; no segundo lugar Forró Pesado de Marcos de Sertânia; e em terceiro o Morro das Cabras de Simone de Souza de Buíque.

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O caboclinho de lança é de uma beleza plástica sem igual (Foto: Dani Nader)

Hoje, às 17h, além de uma rica programação artística, a Fenearte dá início ao ciclo de palestras sobre design e artesanato, que acontece no Espaço Interferência Janete Costa. Renata Mellão, diretora da Casa Museu do Objeto Brasileiro, em São Paulo, vai falar sobre a evolução institucional do museu e a sua missão, abordando algumas iniciativas já desenvolvidas. A Fenearte segue até o próximo dia 12.

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