Fernando Machado

Municipal: O Esplendor do Frevo

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Cristina e Geraldo Julio que redescobriram o frevo (Foto: Fernando Machado)

Mais uma vez a primeira dama do Recife, a notável Cristina Quirino de Melo, acertou geral: O Baile Municipal do Recife foi o esplendor do Frevo, sábado à noite. Além de um público acima do esperado, apesar de que quantidade não significa qualidade, neste Municipal a quantidade era igual a qualidade e animação. Cristina e o prefeito Geraldo Julio de Melo Filho devem ter dormido com direito a um sonho dos vitoriosos. E esses vitoriosos estão valorizando o frevo e a prova disso é que o publico lotou para aplaudir nossa cultura.

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Os batuqueiros recepcionando os foliões (Foto: Fernando Machado)

Acredito que Lá no céu Mathias da Rocha, Joana Batista, Capiba, Nelson Ferreira, Luiz Bandeira, Edgard Moraes, Antonio Maria, João Santiago para citar apenas estes, estão mais contentes do que pinto no lixo. Já Helena Pessoa de Queiroz, Laura Bandeira, Zacharias do Rego Monteiro, Lula Cardoso Ayres, Wellington Virgulino, Aécio Oliveira, Marcílio Campos, Paulo Neves, Mauro Mota, Pai Edu e a Miss Brasil de 1958 Adalgisa Colombo, que já fizeram parte de um júri de fantasias do Municipal, naquele tempo era VIP, estão tristes, pois o deste ano foi VUP. Todavia estão cantando: “Vem, meu bem / Alegria que o frevo contem / É a do meu coração / Vem pegar no meu braço / Vamos cair no passo sem alteração”.

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Cesar Santos, Leo Silva e Aurecilio Romão (Foto: Fernando Machado)

Na entrada do Chevrolet Hall, os foliões eram recepcionados pelo Clube Carnavalesco Misto Bola de Ouro, também homenageado deste Carnaval além do Bloco Lírico Eu Quero é Mais e então cantei baixinho “Ô ô ô saudade / Saudade tão grande / Saudade que eu sinto / Do Clube das Pás, do Vassouras / Passistas traçando tesouras Nas ruas repletas de lá / Batidas de bombos / São maracatus retardados / Chegando à cidade, cansados, / Com seus estandartes no ar. / Que adianta se o Recife está longe / E a saudade é tão grande / Que eu até me embaraço / Parece que eu vejo / Valfrido Cebola no passo / Haroldo Fatias, Colaço / Recife está perto de mim”.

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Dayane França, Muciolo Ferreira e Jamile Cardoso (Foto: Fernando Machado)

O 51º Baile Municipal começou às 20h30, quando o deus de ébano Pedro Lins e a diva da telinha Nadya Alencar, por sinal muito elegantes, subiram ao palco do Chevrolet Hall para anunciar a exibição do vídeo sobre as entidades beneficiadas do Baile (Casa de Apoio ao Idoso Vovó Bibia; Novo Rumo; Daruê Malungo; Centro Cultural João Felipe de Aguiar; Lugar da Criança; Instituto de Desenvolvimento Social e Cultural e Associação Beneficente dos Cegos do Recife).

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O Bloco Eu Quero Mais à frente do Chevrolet Hall (Foto: Fernando Machado)

Depois Pedro e Nadya apresentaram as fantasias vitoriosas do Baile Municipal. Eu que sempre fui defensor destes desfiles voltei atrás. Devem ser abolidos pois ninguém chega para vê-los. Outra coisa as fantasias de luxo são na verdade alegorias, tão diferentes daquelas que Marcilio Campos, Clóvis Bornay, Evandro de Castro Lima criavam. Cristina, a Notável, por mim é melhor premiar os foliões do salão.

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Soraya Castelo Branco com o filho Fernando Luiz e a cunhada Laudecir Assunção (Foto: Fernando Machado)

E encerrando a solenidade Pedro Lins e Nadya Alencar chamaram o Rei Momo e a Rainha do Carnaval para o palco. Pronto agora vamos a folia. A Orquestra Popular do Recife sob a regência do Maestro Ademir Araujo deu inicio aos trabalhos e quando tocou o Hino do Carnaval do Recife, Vassourinhas, composto pelos injustiçados Mathias da Rocha e Joana Batista, o público foi ao delírio, mas quem não vai, e depois acompanhou Claudionor Germano e o filho Nonô.

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Hugo de Chapeleiro Maluco e Simone Brito de Rainha de Copas tricolor (Foto: Fernando Machado)

Os foliões cantaram como se fosse a última vez de suas vidas Linda Flor da Madrugada: “Mandei fazer / Um buquê / Para minha amada / Mas sendo ele / De bonina disfarçada / Com o brilho da / Estrela matutina,adeus menina / Linda flor / Da madrugada / Tem cravos / Tem rosas bonitas / De bonina disfarçada. / Mas se minha amada / Não quiser o buquê / Eu faço presente / A você”. Foi pouco tempo de Capiba mas a galera vibrava com suas canções, principalmente Madeira que Cupim não rói.

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Lucas Cunha, Jefferson Felix e Mauro Lobo na entrada co Chevrolet Hall (Foto: Fernando Machado)

Depois entrou o Coral Edgard Moraes para um porre de lirismo: “Bloco das Flores, / Andaluzas, Cartomantes / Camponeses, Apôis Fum / e o Bloco Um Dia Só / Os Corações Futuristas, Bobos em Folia / Pirilampos de Tejipió / A Flor da Magnólia / Lira do Charmion, Sem Rival / Jacarandá, a Madeira da Fé / Crisântemos Se Tem Bote e / Um Dia de Carnaval / Pavão Dourado, Camelo de Ouro e Bebé / Os Queridos Batutas da Boa Vista / E os Turunas de São José / Príncipe dos Príncipes brilhou / Lira da Noite também vibrou / E o Bloco da Saudade, assim recorda tudo que passou.”

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Luiz Felipe Moura e Ielson Torres na entrada do Chevrolet Hall (Foto: Fernando Machado)

Na sequência vieram Gustavo Travassos, Gigantes do Samba, SpokFrevo Orquestra, Alceu Valença, Elba Ramalho, André Rio, Nena Queiroga, Almir Rouche (iluminado cantando Capiba, Nelson Ferreira, Luiz Bandeira), Patusco, Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, Marron Brasileiro, Ed Carlos e Benil. Todavia meu amigo quando a orquestra atacava de Vassourinhas os foliões iam ao orgasmo. Viva o Frevo! Viva o prefeito Geraldo Julio. Viva a primeira dama Cristina.

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O deus de ébano Pedro Lins e a diva Nadya Alencar apresentadores do Muni (Foto: Fernando Machado)

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