Fernando Machado

Morre a Rainha do Radio de 1949

Ontem à noite não consegui conter as lágrimas quando soube da morte da Rainha do Rádio de 1949, Marlene. Logo no dia do meu aniversário, estrela você cala sua voz para sempre. Puxa lembrei do tempo da guerra Marlene x Emilinha Borba. Eu era fã da Favorita da Marinha, mas hoje uma dor profunda me dominou. E então, fui ouvir: “Lata d’água na cabeça / Lá vai Maria / Lá vai Maria / Sobe o morro e não se cansa / Pela mão leva a criança / Lá vai Maria”.

marlene2

Sua Majestade, Marlene! (Foto: Divulgação)

E lembrei que em 1943, aos 19 anos, deixou sua terra natal, São Paulo e partiu para o Rio de Janeiro onde foi cantar no Cassino da Icarai, em Niteroi e na sequencia no Cassino da Urca e no Copacabana Palace. Todavia foi na Rádio Nacional que Marlene, ou Vitória Bonaiutti de Martino, se tornou um icone. E não posso esquecer: “Sapato de pobre é tamanco / Almoço de pobre é café, é café / Maltrata o corpo como o que, porquê? / O pobre vive de teimoso que é”. E encerro esta pequena homenagem a grande Marlene com a musica de Adoniran Barbosa.

marlene-1960

Marlene em 1960 (Foto: Divulgação)

“Si o senhor não tá lembrado / Dá licença de contá / Que aqui onde agora está / Esse edifício arto / Era uma casa véia / Um palacete abandonado / Foi aqui seu moço / Que eu Mato Grosso e o Joca / Construimo nossa maloca / Mais, um dia / Nem quero me alembrá / Veio os home com as ferramentas / O dono mandô derrubá / Peguemos todas nossas coisas / E fumo pro meio da rua / Só se conformemos quando o Joca falou: / “Deus da o frio conforme o cobertô” / Saudosa maloca maloca querida, dim, dim, / Donde nóis passemos os dias feliz de nossa vida”.

Gostou ?
Compartilhe !