Fernando Machado

Frei Caneca segundo Frei Tito

Jornalista Ricardo Leitão e frei Tito Medeiros (Foto: Fernando Machado)

Apesar de ser chamado de a Cúria Metropolitana o prédio é mais conhecido por Palácio dos Manguinhos. Construído no século XIX pelo comerciante português José da Silva Loyo, o Visconde de Loyo (1819/1900) para servir como sua residência. No inicio do século XX foi adquirido por Dom Sebastião Leme (1882/1942) para funcionar como residência dos arcebispos. Ele exerceu as funções de arcebipso de Olinda e Recife entre 1918 e 1921. Ainda como Palácio dos Manguinhos acolheu o papa João Paulo II, na visita que fez ao Recife em 1980.

Dom Fernando Saburido e a deputada Terezinha Nunes (Foto: Fernando Machado)

Ao lado está a Igreja de São José do Manguinho, erguida 1741. O Palácio dos Manguinhos recebeu esse nome do povo, por conta das frondosas mangueiras que rodeiam o prédio e, quando chegava à safra de mangas, perfumam o terreno. Piso de madeira, lustres e janelas amplas conferem grandiosidade ao palácio. Os aposentos do casarão foram transformados em local de trabalho – inclusive o quarto onde dormiu João Paulo II. Foi neste cenário que Frei Tito Medeiros lançou o seu livro Frei Caneca: vida e escritos. 

Nadja e José dos Santos (Foto: Fernando Machado)

A cerimônia teve como mestre de cerimônias Jonas Moraes. Falaram na ocasião o diretor presidente da Cepe Ricardo Leitão, o historiador Jorge Siqueira, dom Fernando Saburido (arcebispo de Olinda e Recife), confessou que “gostaria que a obra tivesse sido lançada no Seminário de Olinda, mas ele está em obras”, e finalmente foi a vez de Frei Tito Medeiros proferir uma palestra sobre seu trabalho. O livro tem 155 páginas, custa 25 reais e foi editado pela Cepe.

Frei Altamiro e Frei Damião Souza (Foto: Fernando Machado)

Frei Caneca: vida e escritos reúne textos de autoria de frei Caneca, traduzidos do Português antigo para a grafia atual. O seu lançamento faz parte das comemorações do bicentenário da Revolução Republicana de 1817, quando os ecos libertários do Iluminismo pairavam nas Américas. De acordo com frei Tito, o livro conversa com a biografia de frei Caneca e apresenta também uma reflexão filosófica sobre o texto Pátria do Cidadão.

O historiador Jorge Siqueira (Foto: Fernando Machado)

Dois sermões religiosos de autoria do padre revolucionário: um sobre a Oração e o outro comemorativo da coroação de dom Pedro I,foram incluídos no livro. O autor do livro destaca que uma das características mais admiráveis na trajetória do sacerdote revolucionário foi o seu profetismo. Além de político e advogado, frei Caneca atuou também como jornalista, e chegou a fundar o jornal  Thypis Pernambucano, veículo divulgador de ideias liberais.

Verônica Lima e Hercílio dos Santos (Foto: Fernando Machado)

Frei Caneca cujo verdadeiro nome é Joaquim do Amor Divino Rabelo, nasceu no Recife em 20 de agosto de 1779 e faleceu também no Recife, no dia 13 de janeiro de 1825. Sobre o autor: Frei Tito Figueirôa de Medeiros é doutor em Ciências Humanas pelo Museu Nacional, professor aposentado de Antropologia, preside o Instituto de Espiritualidade Beato Tito Brandsma, além de ter exercido a presidência da Comissão de Pastoral para o Ecumenismo e o diálogo Inter-religioso da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Ricardo Japiassu e Geórgia Branco (Foto: Fernando Machado)

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