Bandeiras ao alto: Gay, Pernambuco e Recife (Foto: Fernando Machado)
Hoje esta coluna acordou rosa. Evidente que o assunto principal não foi as atrações da Parada Gay, ocorrida ontem, na Avenida Boa Viagem. Para mim é o elenco anônimo que transforma um evento num modelo ou numa referencia. Cheguei no Parque Dona Lindu, conforme rezava o convite às 9h e nada acontecendo. Apenas a DJ Chell nas picapes tentando colocar os gatos pingados para dançarem.
Artuzão, Carlito, Buchecha, Zezinho Galvão, Cú de Cana e Universidade de Cerveja (Foto: Fernando Machado)
Os organizadores, aliás alguns chatos de galochas, pensam que uma passeata contra a homofobia vai acabar a violência essa minoria, aliás agora é maioria mesmo. O tema da XII Parada da Diversidade de Pernambuco, começa ai a discriminação, é Parada Gay mesmo, nada de disfarces, mas vamos ficar combinados assim, foi Felicidade é coisa séria! Nossa Luta é Por Respeito e Dignidade.
O bofe que não consegui o nome em disparada (Foto: Fernando Machado)
Foi bom porque fiquei observando os mínimos detalhes. Vi um bofe lindo chegar com seu smartphone e sentar num local com sombra, aliás ali sombra é como a paz neste mundo GLS. Então indaguei para ele se estava gostando do esquente da Parada Gay, o bofe deu um pulo e saiu correndo como diabo corre da cruz. Ri sozinho por longo tempo, aliás ainda tirei foto dele bem longe, para ele não me agredir.
Alex Oliveira estava muito fashion (Foto: Fernando Machado)
O show com os travestis estava previsto para começar às 9h, às 11h, ninguém tinha subido no palco a não ser a apresentadora Thanya Tumulto, é assim que escreve seu nome. Deveriam subir no palco Andrea Valois, Cristina e Falcão, Marilyn e Jéssica Taylor, além de Gaby Amarantos. Outra atração era a bofoneca brasileira Harry Louis, cujo mérito é ser o namorado do estilista norte-americano Marc Jacobs. Falou-se no ator e Mister Brasil 2011 e o amor de Félix na Novela Amor a Vida, Lucas Malvacini.
Andrean e Eshylla Dreams (Foto: Fernando Machado)
Começou a chegar a turma LGTB. Elas mais agressivas do que eles. Enquanto eles se fantasiavam com mais brilho elas lembravam esmoleres. São estes contrastes que dão o tom hilário ao mundo gay. Notei que tinha mais bambis do que veados. A turma começa cedo na guerra de um lugar ao sol. Um despeitado gritou: “Quanto frango tem aqui nesta avenida.” Ele estava adorando claro, senão sairia correndo como o bofinho.
Clarisa Monteiro, Raonni Freitas, Alice Aquino, Monique Karla da Silva, Marina Tenório, Luiz Eduardo Soares e Fernando Fernandez (Foto: Fernando Machado)
De repente surge os bonecos gigantes criados por Zezinho Galvão: Artuzão, Carlito, Buchecha, Cú de Cana e Universidade de Cerveja, não entendi seus nomes e tenho raiva de quem quer que saiba. Oito estudantes de Medicina da UPE: Luiz Eduardo Soares, Fernando Henrique Fernandes, Raonni Freitas, Clarissa Monteiro, Alice Aquino, Monique Karla da Silva e Marina Tenório, faziam um trabalho de conscientização para o uso da camisinha. Alguns cafuçús adoravam a experiência de colocar uma numa cenoura. Pelo visto nunca usaram.
Cristina Pelizário, Regildo Dias e Fernanda Costa (Foto: Fernando Machado)
Três pastores protestantes da Igreja Cristã Inclusiva, Regildo Dias, Cristina Pelizario e Fernanda Costa, aproveitaram para divulgar sua religião, não sei se conseguiram muita coisa, mas estavam fazendo fé. E nos confidenciava que a Bíblia não condena a homoafetividade. O Senhor é meu Pastor e me ama como sou! A Casa de Deus é para todos e lembra o texto bíblico “De Pessoas, Deus não faz Acepção (Atos 10, 34).
Gilvandro Filho de sunga nas cores do movimento (Foto: Fernando Machado)
Aqueles bofes ou bofonecas malhados metem medo nas bichinhas. Elas nãos sabem se querem levá-las para cama ou para o tatame. De repente surge, um cafuçú de sunga branca mostrando seu enorme documento, isso em estado de paz. Os mais experientes babaram, mas lembraram Ataulfo Alves pois “Laranja madura na beira da estrada / Tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé”.
A hostess Thanya Tumulto (Foto: Fernando Machado)
Os nomes do elenco gay são muito engraçados, deixam para trás um rastro de celebridades. Não vi muito bofes, no sentido da palavra, no esquente. E procuravam um pão (antigamente era homem lindo) e não encontrava, mas a galera gay, como sempre fervilhava, dando um tom de desbunde ao esquente, porque ela pensa que é mulher.
Kimberly Klagom impecável de preto (Foto: Fernando Machado)
E logo lembrei-me do hino gay: “Jovem homem, /não há nenhuma necessidade de sentir lá embaixo / Eu disse, jovem homem,
consiga você mesmo fora do chão / Eu disse, jovem homem, porque você é novo numa cidade / não há nenhuma necessidade para ser infeliz / Quando você estiver curto no seu / biscoito, Você pode ficar lá, / e eu tenho certeza que você vai encontrar / Muitos caminhos para se divertir / É tão legal ficar na YMCA”.