Fernando Machado

A Colombo: 120 anos de glamour

Está fazendo hoje 120 anos que os empresários portugueses Joaquim Borges de Meirelles e Manuel José Lebrão inauguravam na Rua Gonçalves Dias, 32, um espaço que seria um simbolo do glamour do Rio de Janeiro. Estamos nos referindo à Confeitaria Colombo. Lá a gente passeia pela história, e dá uma vontade danada de voltarmos a fazer parte da belle époque brasileira.

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Olha que beleza a vista para a claraboia (Foto: Divulgação)

A decoração da Colombo é linda demais. Temos espelhos belgas de uma tonelada e meia, emoldurados com madeira de jacarandá, herança da art nouveau, assim como bancadas de mármore italiano e mobiliário de época. Uma abertura no teto do pavimento térreo permite ver a clarabóia do salão de chá, decorada com belos vitrais. A Confeitaria Colombo foi eleita um dos 10 mais belos cafés do mundo.

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A mesma vista, com uma diferença, foi feita há 80 anos (Foto: B)

Por lá se sentaram, entre outros, os ícones da nossa história como Olavo Bilac, Machado de Assis, João do Rio, Getúlio Vargas, Heitor Villa-Lobos, Epitácio Pessoa, Juscelino Kubitschek, José do Patrocinio, Villa-Lobos e Chiquinha Gonzaga. Até o Rei Alberto da Bélgica, em 1920 e a Rainha Elizabeth II, em 1968, sentaram para conhecerem o local com direito a um cafezinho com docinhos.

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A Colombo no inicio do século XIX (Foto: Divulgação)

O seu cardápio é de a gente comer rezando para São Sebastião. Olavo Bilac adorava degustar camarão empanado. Machado de Assis preferia os folhados de presunto e queijo. A propósito: A Confeitaria Colombo é famosa pelos seus deliciosos doces e salgados. Ela que procura sempre investir em novos sabores, sem esquecer de buscar no passado, eventos que conquistaram o público na década de 30, como o Chá da Tarde.

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