Fernando Machado

Um nome que a história vai guardar

Tereza Costa Rêgo nasceu no Recife, em 28 de abril de 1929. Começou a pintar ainda criança e aos 15 anos ingressou na Escola de Belas Artes. Expôs pela primeira vez em 1950, no Museu do Estado, obtendo o primeiro prêmio de viagem, concedido pela Universidade Federal de Pernambuco.

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Teresa faz um stop nas telas (Fotos: Publikimagem)

Participou de vários salões no Museu e na Sociedade de Arte Moderna do Recife, tendo sido premiada três vezes. Seu trabalho foi mostrado também em diversas exposições coletivas realizadas na Galeria de Arte do Movimento de Cultura Popular, na Ribeira (Olinda) e no Museu do Unhão (Salvador). A primeira mostra individual da artista aconteceu em 1960.

No seu primeiro casamento teve duas filhas: Maria Tereza e Laura Francisca. Data de 1964 o seu segundo casamento com o dirigente comunista Diógenes de Arruda Câmara. Diante das circunstâncias políticas da época, marcada pelo golpe militar, viu-se obrigada a migrar para São Paulo, passando a viver na clandestinamente.

Na época, concluiu o Curso de História na USP. Em 1979, Diógenes Arruda foi preso. Tereza Costa Rêgo passou então a dar aulas de História do Brasil para vestibulandos e a trabalhar como paisagista em um escritório de Planejamento Urbano. Com a libertação de Diógenes Arruda, em 1973, o casal seguiu para o exílio no Chile.

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Teresa Costa Rêgo dando os retoques finais numa obra

Entretanto, o golpe que derrubou o presidente Allende obrigou os brasileiros ali refugiados a buscarem abrigo em outros países. Tereza e seu companheiro passaram a viver em Paris, onde permaneceram durante seis anos. A Anistia trouxe Tereza Costa Rêgo de volta ao Brasil em 1979. Dois meses depois foi surpreendida pela morte súbita de Arruda, vítima de um enfarte.

Hoje com 80 anos, a artista plástica possui, além das duas filhas, três netos: Daniel, André e Joana, e uma bisneta, Nina. Atualmente, dirige o Museu do Mamulengo, em Olinda. (Jornalista Marilene Mendes)

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Teresa olha para o mundo pela sua janela olinendense

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