Fernando Machado

Um Bloco chamado Saudade 2

A presidente Izabel Bezerra convida Aldemar Paiva para a homenagem, que foi muito emocionante. Aldemar não teve para quem quisesse. Depois Claudia Cabral de Melo convidou Carmen Towar para receber o troféu de José Menezes. E então vamos recordar Edgard Moraes: “O que seria da vida afinal! / se não houvesse caranval / Era um eterno sofrer arlequim / Digo a começar por mim / Vem meu caranval / Vem matar as saudades de um folião / Pois a vida sem o frevo é nostalgia / Que fere e maltrata o coração”.


Aldemar Paiva, Aldo Paes Barreto e Leonardo Silva (Foto: Fernando Machado)

Ainda tivemos no palco o compositor Getúlio Cavalcanti, ao lado os netos Beatriz e Breno, cantando como se fosse os últimos dias de carnaval. Então soltaram a voz com O Último Regresso de sua autoria. Quando o trio cantava “É lindo ver / O dia amanhecer / Com violões e pastorinhas mil / Dizendo bem / Que o Recife tem / O Carnaval melhor do meu Brasil”, todos iam à loucura. Sorry periferia, como dizia o papa do colunismo social Ibrahim Sued.


Claudia e Zilton Paes Barreto (Foto: Fernando Machado)

E que pensa que a festa tinha terminado se enganou. O Maestro Ademir Araujo e sua Orquestra, outro monstro sagrado do carnaval pernambucano, sobem ao palco e dão seu recado. E mais uma vez Mathias da Rocha ressuscitou quando a orquestra atacou de Vassourinhas. E depois isso só deu frevo rasgado como deveria ser nas prévias do nosso carnaval.


Marcos e Conceição Donato (Foto: Fernando Machado)

E como diz a música de Nelson Ferreira e Sebastião Lopes “O nosso bloco é idel / Nasceu neste carnaval / Por isso é que estamos / A vibrar e a cantar / Vitória! Vitória! Vitória! / Vamos correr as ruas da cidade / Com ardor da nossa mocidade / Nesses três dias / Tão cheios de ventura / Em quer a gente esquece / Da vida as amarguras / Brinquemos, cantemos assim cheios de glória / O carnaval da vitória”.


David Queiroz e Edna Ferreira (Foto: Fernando Machado)

E a gente pode esquecer Capiba? Nunca! E quando o coral puxou Madeira que Cupim não rói um outro coral de quatro mil vozes acompanhou: “Madeira do Rosarinho / Vem à cidade sua fama mostrar / E traz com seu pessoal / Seu estandarte tão original / Não vem pra fazer / Vem só dizer, e com satisfação / Queiram ou não queiram os juízes / O nosso bloco é de fato campeão”.


A contagiante animação do salão (Foto: Fernando Machado)

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