Fernando Machado

Relembrando o passado


Os compositores Getulio Cavalcanti e Humberto Vieira (Foto: Fernando Machado)

“Vou relembrar o passado / Do meu carnaval de fervor / Neste Recife afamado / De blocos forjados / De cor e esplendor / Na Rua da Imperatriz / Eu era muito feliz / Vendo o bloco desfilar / Escuta Apolonio o que vou relembrar / Os Camponeses, Camelo e Pavão / Bobos em Folia, do Sebastião / Também Flor da Lira com seus violões / Impressionava com suas emoções”, de João Santiago resume tudo porque tantos seguidores estavam no Pátio de São Pedro.


Cassio Duarte do O Bonde e a flabelista Jessica di Carli (Foto: Fernando Machado)

A imponente e centenária Concatedral de São Pedro dos Clérigos, testemunhava os 30 blocos líricos evoluíram com muito fervor. As flabelistas orgulhosas se rendiam aos flashes. Esse sim é o verdadeiro carnaval fora de época do Recife. A Meca dos blocos Líricos estava como Capiba, Nelson Ferreira, Antonio Maria, Genival Macedo, Luiz Bandeira, João Santiago, Edgard Moraes, Romero Amorim e Luiz de França gostavam. E eles lá do céu com certeza aplaudiam a iniciativa e quem sabe não pensem em compor novas melodias.


Bianca Marques à côté Flávio Moraes (Foto: Fernando Machado)

Quando foi executada “Antigamente / quando eu ouvia / vindo de longe / a orquestra do meu bloco / de braços dados com Maria / cantava alegre / até o romper do dia.” Pensei “Meu Deus do Céu / Meu Deus do Céu / Onde andará Maria.” Lembrei de Maria Sanchez-Carlo que está em Washington DC e era uma autentica passista. Tem nada não, Maria seu CD do Bloco de Edgard Moraes já está comigo para presenteá-la.


Buglê Ferreira dos Santos, Maria Eduarda Barbosa, Herbert Victor Andretti e Valdir Neves (Foto: Fernando Machado)

Quando o coral atacou de Madeira que cupim não rói, os seguidores foram à loucura e cantaram como se fosse pela última vez: “Madeira do Rosarinho / Vem à cidade sua fama mostrar / E traz como seu pessoal / Seu estandarte tão original / Queiram ou não queiram os juízes / O nosso bloco é de fato campeão.”


A flabelista Laís Clímico e as pastoras (Foto: Fernando Machado)

Entre os blocos destacamos o da Saudade, Pierrot de São José, O Bonde, Flor da Lira, Poesia, Cordas e Retalhos, Batutas de São José, das Flores, Compositores e Foliões e entre os compositores anotei Edson Rodrigues, Ademir Araújo, Luiz Guimarães, Humberto Vieira, Claudio Almeida, Samuel Valente, Braulio de Castro e o Maestro Spok (A última vez que tinha falado com ele foi em Nova Iorque).


Na multidão estava o tricolor Alberto José dos Anjos e sua mulher Simone Roberta (Foto: Fernando Machado)

A festa foi encerrada com a música “Falam tanto que meu bloco está / Dando adeus pra nunca mais sair / E depois que ele desfilar / Do seu povo vai se despedir / No regresso de não mais voltar / Suas pastoras vão pedir / É lindo ver / O dia amanhecer / Com violões e pastorinhas mil / Dizendo bem / Que o Recife tem / O carnaval melhor do meu Brasil”, de Getulio Cavalcanti.

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