Fernando Machado

Um nome que a história guardou

Uma nuvem de tristeza encobriu os amigos e a família da senhora Filomena Zirpoli Conte, no dia 10 de abril, por conta da sua morte. Dona Filó, como era carinhosamente chamada pelos mais íntimos, foi uma figura especial, que nasceu na Itália no dia 31 de janeiro de 1928. Era uma grande amiga, além de ser elegante, religiosa e dedicadíssima ao marido Giuseppe Conte.

Têm pessoas que partem e a gente nem sente, mas outras, quando se vão, levam um pouco de nós. Dona Filomena era desse segundo bloco. Morreu numa data muito significativa para os Cristãos, uma Sexta-Feira Santa. E ainda por cima às 15h, na mesma hora que Jesus faleceu.

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A senhora Filomena Conte durante tarde de chá (Foto: Arquivo)

Quando soube de seu falecimento fiquei impotente. A notícia me foi dada pelo jornalista Dalci José, que estava visivelmente emocionado. Foi um momento tão difícil que me vi às lágrimas. A dor continua e vai continuar por muito tempo. Vamos dar tempo ao tempo.

Jamais esquecerei a comemoração do meu aniversário no seu bonito apartamento de Boa Viagem. Nas passagens de ano novo estava lá ao lado dos seus amigos e da sua família. Nunca abandonava os amigos, principalmente nas horas de dificuldades.

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Dona Filomena pelos salões filantrópicos do Recife

O último encontro com essa diva foi pelo carnaval. Filomena e Pepino reuniram um pequeno grupo para almoço, no seu apartamento. E que almoço! As massas e as saladas na casa dos Conte tinham um sabor especial. Tenho certeza de que nada mais será igual depois de sua partida. Naquela sexta-feira encerrou-se uma das mais interessantes páginas sociais do Recife.

Dona Filomena foi um mito que me ajudou a escrever os momentos mais felizes do colunismo social. Era simples, mas categorizada. Era elegante, mas sem exagero. Agora Dona Filó está rezando em seu terço de cristal aí no céu. Filomena Conte é um nome que a história guardou.

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