Fernando Machado

Padre Luciano, o Cidadão do Recife

O plenário e as galerias, ontem, da Câmara Municipal do Recife, ficaram pequenas para sessão de entrega do Título de Cidadão do Recife ao padre Luciano José Rodrigues Brito, por iniciativa do vereador Josenildo Sinésio. Somente os sacerdotes colocaram a mão no peito quando da execução do Hino Nacional. Por incrível que pareça a cerimônia foi presidida por um protestante, o vereador Eduardo Marques.

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Celso Rodrigues, Marilia Arraes e Luciano Brito (Fotos: Fernando Machado)

Pelo menos meia hora antes de começar a entrega do titulo, os grupos religiosos já ocupavam o plenário, cantando hinos. No momento em que o homenageado chegou, foi aplaudido demoradamente de pé. A mesa foi composta pelo vereador Josenildo Sinésio, padre Luciano, Eduardo Marques, monsenhor José Albérico Bezerra, vigário-geral da Arquidiocese, e os pais do homenageado, Sônia Brito e Celso Rodrigues.

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Sônia Brito e Tinane Almeida

O primeiro a falar foi o autor da proposta que disse entre outras coisas: “Com uma vida dedicada à causa do Evangelho, padre Luciano se transformou num grande instrumento da Graça de Deus, não só na paróquia de São Paulo Apóstolo, do bairro de Jardim São Paulo, como também em toda a Arquidiocese de Olinda e Recife”. Dos 37 vereadores, apenas três se disseram presentes: Marilia Arraes(os olhos azuis mais bonitos do Recife), Sérgio Magalhães e Aerto Luna.

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Leonilda Veridiana e Josenildo Tenório

Após receber a Medalha de Honra ao Mérito e o diploma com o título de Cidadão Recifense, o padre Luciano fez um discurso poético. Lindo demais. Ele passeou pela história e cultura pernambucanas. Começou recitando o poema “O início”, do poeta Carlos Pena Filho, que diz do Recife: “Metade roubada ao mar, metade à inspiração, é do sonho dos homens que a cidade se inventa”. Em seguida, afirmou que saudava a cidade do “mar e do Capibaribe, com o coração repleto de sonho e vida, onde o pulsar da caminhada nos conduz à contemplação de toda beleza natural e humana”.

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Sonia Rodrigues, Luiz Otávio Pereira, Renata Rodrigues e Lucia Pereira

Depois, afirmou que esta é a “cidade onde a miscigenação das raças oferece uma grande riqueza de culturas, seja nativa ou importada das diversas paragens que formam nossa gente”. Agradeceu ao Pai do Céu, por ter sido gerado e nascido no seio de uma família católica, como devoto de Santa Terezinha evocou à Santíssima Virgem e encerrou lembrando Nossa Senhora do Carmo. Foi quando o ministério musical cantou o hino da padroeira do Recife. Cristina Amaral, em homenagem à cidade do padre Luciano, Piranhas, em Alagoas, cantou a música “Riacho do Navio”, composta por Luiz Gonzaga e Zé Dantas.

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Ane Ranzan e Paulo Brito

Depois a comunidade de São Pedro Apóstolo, de Jardim São Paulo, onde ele é pároco ofereceu um almoço na Edilma Pinho Recepções, que estava decorada com um toque de Carnaval e duas bandeiras (Recife e Piranhas). Por lá tinha Orquestra de Frevo, passistas (alunos da Escola Dom Bosco), o Bloco das Ilusões, sem esquecer o ministério musical da paróquia com cânticos religiosos. Os 300 convidados puderam degustar camarão na moranga, carne de sol, feijão verde, farofa de jerimum, arroz, batata dourada, macaxeira cozida e salada, tudo preparado pela chef Eliana da Silva. E como sobremesa queijo de coalho com mel de engenho. Tudo uma delícia. Também tínhamos um bolo, com o desenho da bandeira do Recife e repousando sobre ele um ícone de um padre com um chapéu de cangaceiro na cabeça, assinado por Leda Lima.

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