Fernando Machado

Parabéns, César Santos e o Oficina do Sabor!

O Restaurante Oficina do Sabor, leia-se o chef Cesar Santos, festejou segunda-feira à noite suas Bodas de Prata. Ele foi aberto no dia 19 de novembro de 1992, na Rua do Amparo, em Olinda, nos arredores da igreja de Nossa Senhora do Amparo, padroeira do bairro, e com direito aos fiéis da santa comemorando com procissão e queima fogos de artifícios. Neste período o restaurante que é um ponto turístico passou por quatro reformas grifadas pelos arquitetos Carlos Augusto Lira, Fábio Benevides, Carlos Queiroz e Tereza Bandeira.

Robson Lustosa, Danio Braga, Cesar Santos, Alexandre Bispo e Daniela Martins (Foto: Fernando Machado)

No estilo colonial, o Oficina do Sabor fica debruçado para o Recife, já foi residência de João Valença e padaria. Em 1992 o restaurante tinha capacidade para 40 lugares, na segunda reforma cresceu para 80 na terceira para 150 e na quarta diminuiu para 120. Nas paredes muitas telas de vários artistas chamam atenção dos freqüentadores. E num cantinho está a imagem de Santo Antonio o xodó de Cesar Santos, afinal de contas ele é devoto do santo casamenteiro. E para festejar os 25 anos da casa, Cesar Santos batizou o encontro de 25 anos de uma nova história gastronômica e convidou os chefs Robson Lustosa, Danio Braga, Alexandre Bispo e Daniela Martins.

Os jornalistas Marcelo Katsuki, Gustavo Belarmino e Edi Souza (Foto: Fernando Machado)

O prato das boas-vindas foi assinado pelo chef Robson Lustosa, que preparou ostra Sértanaise (ostra em emulsão de manteiga da garrafa e coentro), Jia na Manteiga de Cheiro (coxinha de rã na manteiga de alho, limão siciliano e páprica defumada, Ele e Ela (caldinho cremoso de fava branca com bacalhau flambado na cachaça e Profiteroles Carcará (Carolina salgas recheadas com creme de charque e macaxeira).

O chef Cesar Santos, Robson Chagas que decorou o restaurante para a festa e a chef Daniela Martins (Foto: Fernando Machado)

A entrada foi grifada por César Santos chamada Mangarão (camarão ao molho de manga com jerimum assado nas ervas). Tivemos dois pratos principais: O primeiro foi da chef paraense Daniela Martins e nos fez degustar Pescada Parachibé (pescada com pirão de camarão e arroz de aviú). Em tempo: Aviú é uma espécie de camarão pequeno que somente nasce nos rios do Pará, entre os meses de julho e setembro.

O jornalista Edgard Homem entre os chefs Claudio Manoel e Georges Thévoz (Foto: Fernando Machado)

O segundo prato foi preparado pelo chef italiano Danio Braga que pilota a cozinha da pousada Locanda della Mimosa, em Petrópolis. Foi ele quem fundou o Prato da Boa Lembrança. Danio preparou o Stracotto con polenta (carne bovina lembrando cupim). Naquela mesma noite Dônio Braga seguiu até a Europa. E a sobremesa ficou para o chef Chocolatier Alexandre Bispo, que preparou uma mousse de chocolate com farofa crocante de castanha de caju e um colir de pitanga.

O executivo Luciano Roberto e a chef Daniela Martins (Foto: Fernando Machado)

É bom lembrar que parte da renda será revertida para o Hospital de Câncer de Pernambuco. Quero destacar João AlbertoSheila Wanderley sempre em sintonia perfeita, Tarcisio Calado, Valéria e Marcos Vidal, Gisela Abad, Fred Maia, os colecionadores de Prato da Boa Lembrança José Otavio e Anésio Fossina. Todos os que participaram do jantar receberam o Prato da Boa Lembrança, comemorativo dos 25 anos. A idéia foi de Cesar Santos pintado por Humberto Araujo. Sem dúvida uma noitada com gostinho de quero mais.

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